O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) iniciou nesta quinta-feira (31) uma greve que afeta cinco importantes hospitais estaduais. As unidades envolvidas são o Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Tsylla Balbino e Maternidade Albert Sabin.
A paralisação atinge os atendimentos eletivos, enquanto os serviços de urgência, emergência e casos que coloquem a vida em risco seguem normalmente. Entre 850 e 980 profissionais de diversas especialidades aderiram ao movimento, segundo o sindicato.
Motivo da greve
A decisão pela greve foi tomada em assembleia realizada em 24 de julho e anunciada oficialmente no último sábado (26). O principal motivo é a insatisfação dos médicos com a proposta do Governo do Estado de extinguir os contratos sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) firmados com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
Cerca de 500 médicos, que atuam nas cinco unidades de saúde com contratos CLT, terão seus vínculos encerrados até o fim deste mês, sem garantia de manutenção das mesmas condições. O governo estadual pretende substituir esses contratos por contratos como pessoa jurídica (PJ), modalidade que não prevê benefícios como 13º salário, férias remuneradas e licença-maternidade.
Impactos e resposta oficial
Os hospitais afetados são unidades de alta complexidade que recebem pacientes de todo o estado, realizando mais de 82 mil atendimentos anuais. O Hospital Geral Roberto Santos é o maior hospital público da região Norte e Nordeste.
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) comunicou que o processo de transição será feito de forma escalonada, assegurando que não haverá prejuízo no atendimento à população. A pasta também afirmou que as medidas foram previamente informadas às unidades hospitalares. Após o anúncio da greve, a Sesab foi procurada para comentar o atual cenário, mas não respondeu até o momento.
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