A construção da Ponte Salvador–Itaparica promete alterar significativamente o cenário econômico e social de 44 municípios estratégicos da Bahia, com reflexos diretos no turismo, comércio e logística. O levantamento, obtido pelo Portal A TARDE, aponta que essas cidades estarão na linha de frente dos impactos positivos, com integração de mercados e estímulo ao desenvolvimento regional.
Cidades diretamente beneficiadas
Na Região Metropolitana, estão Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, Salinas das Margaridas, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.
No Recôncavo, serão contempladas Cabaceiras do Paraguaçu, Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, São Félix, Sapeaçu e Varzedo.
Já no Baixo Sul, a lista inclui Aratuípe, Cairu, Camamu, Gandu, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Jaguaripe, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Teolândia, Valença e Wenceslau Guimarães.
Além desses municípios, estima-se que cerca de 250 cidades sejam beneficiadas indiretamente, abrangendo aproximadamente 10 milhões de baianos, com destaque para localidades da Chapada Diamantina, do oeste e extremo-oeste, conectadas pela BR-242 ao futuro sistema viário da ponte.
Andamento das obras
A etapa de sondagem na Baía de Todos os Santos foi concluída em março de 2025, após investimento de R$ 200 milhões. Agora, o projeto segue para a mobilização do canteiro de obras, fase inicial que prepara equipamentos e estruturas para a construção, prevista para começar até o fim de 2025. O início efetivo depende da licença ambiental do Inema e de aprovações em diferentes esferas governamentais.
Na última semana, o Governo da Bahia avançou com a desapropriação de uma área de quase 1.800 m² em Salvador, que será utilizada para acessos viários da ponte.
Estrutura e investimento
O empreendimento é uma Parceria Público-Privada entre o governo estadual e um consórcio chinês formado pela China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC) e pela China Communications Construction Company (CCCC), com investimento estimado em R$ 10,6 bilhões. A previsão é que as obras comecem em 2026 e durem cinco anos.
O projeto inclui quatro grandes trechos: acessos viários em Salvador, a ponte principal com 12,4 km de extensão, acessos viários em Itaparica e a duplicação de parte da BA-001.
Com a conclusão, a Ponte Salvador–Itaparica deverá reduzir distâncias, ampliar o fluxo de pessoas e mercadorias e impulsionar a economia de diferentes regiões da Bahia.
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