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Julgamento Bolsonaro

Moraes reafirma postura firme em julgamento que envolve Bolsonaro

Magistrado falou ao The Washington Post sobre julgamento de Bolsonaro

18/08/2025 10h52
Por: Diário da Feira
Fonte: A Tarde
Foto: Fellipe Sampaio / STF
Foto: Fellipe Sampaio / STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que não cederá pressões internas ou externas em relação ao processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, ele afirmou que não há qualquer possibilidade de recuar em suas decisões.

“Não existe a menor chance de retroceder nem um milímetro. Vamos cumprir o que determina a lei: analisar as acusações, avaliar as provas e, de acordo com elas, condenar quem for culpado e absolver quem for inocente”, afirmou Moraes.

A declaração foi dada em meio às sanções impostas pelo governo Donald Trump contra o magistrado, incluindo tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, o cancelamento do visto norte-americano e sua inclusão na lista de sancionados pela Lei Magnitsky.

Julgamento marcado para setembro

No próximo dia 2 de setembro, terá início o julgamento no STF que pode resultar na condenação de Bolsonaro e mais sete aliados, acusados de tentar articular uma trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. A sessão será conduzida pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.

O Washington Post classificou Moraes como “xerife da democracia”, destacando o impacto internacional de suas decisões, especialmente no que se refere ao combate à desinformação em redes sociais.

Defesa da democracia

Na entrevista, o ministro também lembrou o histórico brasileiro de ataques à democracia e ditaduras. “O Brasil passou por períodos de ruptura institucional, e isso nos fez desenvolver anticorpos mais fortes. A democracia precisa ser constantemente defendida”, destacou.

Sobre as críticas de apoiadores do ex-presidente, Moraes disse que se tratam de “narrativas falsas”, que não apenas prejudicam o debate público, mas também afetam a relação entre Brasil e Estados Unidos.

Embora tenha reconhecido que as sanções impostas pelos EUA e as ameaças recebidas não são agradáveis, Moraes reforçou que seguirá à frente das investigações enquanto considerar necessário.

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