A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que portos e aeroportos brasileiros passem a exibir materiais informativos sobre sintomas e formas de prevenção da mpox e do sarampo. A medida faz parte de uma nova instrução normativa do órgão, aprovada pela diretoria colegiada, e valerá enquanto as duas doenças estiverem sob alerta sanitário no país.
Nos desembarques internacionais, cartazes informativos sobre a mpox deverão ser afixados em locais visíveis. Já as companhias aéreas terão que emitir avisos sonoros a bordo das aeronaves sobre o sarampo, incluindo mensagens em português, espanhol e inglês nos voos internacionais.
As ações fazem parte das estratégias temporárias de vigilância em saúde pública e se aplicam às doenças classificadas como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), Nacional (ESPIN) ou Evento de Saúde Pública (ESP). No momento, apenas a divulgação de informações é exigida para mpox e sarampo, sem necessidade de medidas sanitárias específicas para passageiros ou tripulações.
A poliomielite, que também integra a lista de emergências internacionais, não exigirá a adoção de medidas informativas neste momento.
Segundo a Anvisa, essa normativa representa um avanço na agilidade da resposta sanitária, permitindo atualizações conforme o cenário epidemiológico, baseado em dados do Ministério da Saúde, do Comitê de Monitoramento de Eventos de Saúde Pública e dos Centros de Operações de Emergência.
A mpox, antes conhecida como varíola dos macacos, é causada pelo vírus Monkeypox. Sua principal manifestação são lesões cutâneas que lembram bolhas ou feridas, com duração de duas a quatro semanas. A transmissão pode ocorrer por contato direto com lesões ou superfícies contaminadas. A nova cepa 1b do vírus, identificada na África, já foi detectada no Brasil.
O sarampo é uma infecção viral extremamente contagiosa, transmitida pelo ar por meio de gotículas de saliva expelidas ao tossir, falar ou espirrar. Mesmo ambientes sem circulação de pessoas podem manter o vírus ativo por até duas horas. A doença pode evoluir com complicações como pneumonia, otite, infertilidade masculina e encefalite.
A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção. As vacinas contra sarampo e poliomielite estão disponíveis gratuitamente no SUS. Para a mpox, o uso emergencial da vacina Jynneos foi autorizado em 2023 para grupos específicos, enquanto pesquisadores da Rede Vírus trabalham no desenvolvimento de um imunizante nacional.
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