O Parlamento do Reino Unido aprovou, nesta sexta-feira (20), um projeto de lei que legaliza o suicídio assistido para adultos com doenças terminais, marcando uma mudança significativa na legislação social do país. A votação terminou com 314 votos a favor e 291 contra, em um resultado histórico que coloca o Reino Unido ao lado de países como Canadá, Austrália e alguns estados dos EUA, onde a prática já é permitida.
A nova legislação, chamada “Adultos Terminalmente Doentes (Fim da Vida)”, permite que pessoas mentalmente capazes e com expectativa de vida inferior a seis meses escolham terminar suas vidas com ajuda médica. O projeto segue agora para análise da Câmara dos Lordes, onde deve passar por mais debates antes de se tornar lei definitiva.
O governo trabalhista do primeiro-ministro Keir Starmer adotou posição neutra, permitindo que os parlamentares votassem conforme suas convicções pessoais. Pesquisas indicam que a maioria da população britânica apoia a medida, que visa oferecer dignidade e alívio a pacientes em sofrimento extremo.
Apesar do apoio, há preocupação entre os opositores de que pessoas vulneráveis possam ser pressionadas a optar pelo fim da vida. A legislação inclui medidas de proteção, como a avaliação obrigatória por um painel composto por um assistente social, um juiz sênior e um psiquiatra, eliminando a exigência anterior de autorização judicial, o que gerou debates sobre a flexibilização das garantias.
Manifestantes a favor e contra a proposta se reuniram em frente ao Parlamento durante a votação, expressando suas posições com cartazes e cânticos, refletindo a profundidade e complexidade do tema na sociedade britânica.
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