Líderes europeus se unem a Zelensky em reunião com Trump em busca de acordo de paz

Líderes de Alemanha, França e Reino Unido se reunirão com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no encontro marcado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. A reunião visa fortalecer a posição de Zelensky enquanto Trump busca pressionar por um possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia.

O encontro ocorre após Trump se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, e prometer “grande progresso em relação à Rússia”, sem detalhar medidas específicas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou que tanto Rússia quanto Ucrânia precisarão fazer concessões para que haja avanços significativos.

Os líderes europeus planejam organizar uma reunião prévia para apoiar Zelensky, garantindo que as negociações contem com garantias de segurança robustas para a Ucrânia. Entre os participantes estão o chanceler alemão, Friedrich Merz, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o premiê britânico, Keir Starmer. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e outros chefes de Estado também devem acompanhar o encontro.

As conversas giram em torno de propostas que incluiriam concessões territoriais e congelamento das linhas de frente, medidas que são vistas como difíceis de serem aceitas pela Ucrânia. Desde o início do conflito, a guerra já resultou em mais de 1 milhão de mortos ou feridos.

Zelensky ressaltou a importância do apoio de Washington e defendeu que as linhas de frente atuais sirvam de base para as negociações. Von der Leyen destacou a necessidade de garantir que a Ucrânia tenha voz nas decisões sobre seu território e segurança.

O objetivo final é organizar uma reunião trilateral entre Trump, Putin e Zelensky, garantindo que Kiev participe ativamente da construção de seu futuro. Rubio reiterou que, embora não haja um acordo iminente, há movimento suficiente para justificar a reunião, mas que ainda serão necessárias concessões de ambos os lados.

A Rússia já ocupa cerca de 20% do território ucraniano, incluindo grande parte de Donetsk, e Zelensky rejeitou exigências de ceder áreas em troca de congelamento das linhas de frente, mantendo firme a posição ucraniana na negociação.