O conflito entre Israel e Irã ganhou novos contornos após uma ofensiva militar de grandes proporções por parte do governo israelense, que atingiu instalações nucleares e alvos estratégicos no território iraniano, como o complexo de Natanz. Em resposta, o Irã lançou mísseis contra Israel, intensificando o embate entre duas das principais potências do Oriente Médio. A escalada preocupa a comunidade internacional por seu potencial de desestabilização global, afetando desde os preços de combustíveis até a segurança internacional. Diante desse cenário, países influentes no cenário geopolítico já manifestaram suas posições — entre apoio, condenação e propostas de mediação.
Estados Unidos
O governo dos EUA, embora tenha afirmado inicialmente que não participou diretamente dos bombardeios israelenses, demonstrou apoio à ação. O presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos "apoiam Israel como ninguém jamais apoiou" e chegou a dizer que os ataques "foram excelentes". Apesar do tom agressivo, o republicano também indicou que busca um "fim real" para o confronto e sugeriu que o Irã deveria se render completamente e abandonar seu programa nuclear. Ainda assim, a postura americana oscilou entre apoiar Israel publicamente e se distanciar de um possível envolvimento direto.
China
Já a China adotou uma postura de condenação aos ataques israelenses, defendendo a soberania iraniana e o direito do país à autodefesa. Pequim também se colocou como possível mediadora do conflito, pedindo moderação e diálogo entre as partes. O governo chinês reforçou sua intenção de contribuir com soluções diplomáticas, alertando para o risco de um agravamento regional com impacto global.
Rússia
A Rússia, aliada estratégica do Irã, foi firme ao criticar as ações israelenses. O presidente Vladimir Putin conversou com líderes dos dois países e ofereceu os bons ofícios de Moscou para tentar conter a escalada. Para o Kremlin, o ataque israelense viola acordos recentes e pode representar uma oportunidade de ampliar sua influência na região, enquanto o foco internacional se desloca da guerra na Ucrânia para o Oriente Médio. Mesmo assim, analistas russos reconhecem que o envolvimento no conflito também pode trazer riscos para o país.
Brasil
O Brasil adotou uma linha crítica em relação à ofensiva de Israel, classificando o ataque como uma violação do direito internacional e da soberania iraniana. O Itamaraty alertou para o risco de um conflito de grandes proporções e pediu contenção às partes envolvidas. A posição brasileira ocorre em um momento de tensão crescente nas relações com Israel, especialmente após duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às ações israelenses na Faixa de Gaza, que ele qualificou como genocídio. O governo brasileiro avalia, inclusive, suspender relações militares com Israel como forma de protesto.
O posicionamento das grandes potências reflete não apenas alianças históricas e estratégicas, mas também seus próprios interesses geopolíticos. Enquanto os EUA mantêm seu tradicional apoio a Israel, China e Rússia adotam um discurso crítico e buscam protagonismo diplomático. O Brasil, por sua vez, tenta reafirmar seus princípios de defesa da paz e do direito internacional, mesmo em meio a pressões e riscos diplomáticos. A continuidade do conflito pode redesenhar o equilíbrio político no Oriente Médio — e, por consequência, afetar todo o cenário global.
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