O confronto entre Israel e Irã entrou no sexto dia com uma escalada preocupante, marcada por bombardeios, mortes de civis e troca de ameaças cada vez mais intensas. A participação indireta dos Estados Unidos, por meio de apoio defensivo a Israel e declarações do presidente Donald Trump, aumentou ainda mais a tensão geopolítica no Oriente Médio.
A crise começou com um ataque aéreo israelense contra instalações estratégicas do Irã, incluindo a usina de enriquecimento de urânio em Natanz e uma base militar em Tabriz. As ações resultaram na morte de altos comandantes iranianos e dois cientistas nucleares, fato que o premiê Benjamin Netanyahu classificou como parte de um “momento decisivo” para Israel.
Em resposta, o Irã considerou o ataque uma “declaração de guerra” e prometeu retaliações severas. Mísseis e drones foram lançados contra cidades israelenses, como Tel Aviv e Jerusalém, provocando vítimas civis. “Israel enfrentará um destino amargo”, declarou o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei.
Ao longo dos dias seguintes, os confrontos se intensificaram. Israel reafirmou que continuará os bombardeios “pelo tempo que for necessário” e que usará “toda sua força”. O Irã, por sua vez, alertou que novas ofensivas serão respondidas com força maior.
A retórica escalou ainda mais com declarações vindas dos Estados Unidos. Donald Trump, em postagem nas redes sociais, afirmou que conhece o paradeiro de Khamenei e sugeriu que a tolerância americana está próxima do fim. Embora tenha negado, por ora, um ataque direto ao líder iraniano, ameaçou consequências caso soldados americanos sejam atingidos.
Khamenei rebateu dizendo que qualquer ação dos EUA traria “consequências irreparáveis”, afirmando que o país está pronto para se defender e responder a qualquer agressão externa.
O número de mortos já ultrapassa 240, somando civis e militares dos dois lados. Entre os alvos atacados, está a sede da TV estatal iraniana, que foi atingida durante uma transmissão ao vivo — fato que Teerã considera um crime de guerra.
Diante da morte de mais um alto oficial iraniano, Ali Shadmani, substituto de um comandante morto dias antes, Israel reafirmou que vai continuar a “perseguir seus inimigos com inteligência e superioridade aérea”.
Netanyahu reforçou o tom grave da situação. “O que estamos tentando evitar é exatamente o que o Irã quer: uma guerra eterna, que pode nos levar à beira de um conflito nuclear”, declarou.
Com as ameaças em curso, a comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos. As declarações públicas dos líderes envolvem termos como "retaliação severa", "eliminação de alvos" e “consequências irreversíveis”. O risco de que o conflito ultrapasse as fronteiras regionais e envolva outras potências militares é uma preocupação cada vez mais concreta.
Enquanto isso, organizações humanitárias pedem o cessar-fogo imediato e o respeito às normas internacionais, especialmente no que diz respeito à proteção de civis.
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