O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta terça-feira (17) de mais uma edição da reunião do G7, realizada em Kananaskis, no Canadá. Embora o Brasil não integre o grupo das sete maiores economias do mundo — formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão —, Lula tem sido convidado para as reuniões desde que reassumiu a presidência em 2023.
Durante a viagem, Lula tem encontros bilaterais agendados com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, e o novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz. A reunião com Zelensky está prevista para as 15h30 no horário local (18h30 em Brasília), conforme informado pela agenda oficial. O pedido partiu do próprio presidente ucraniano.
Segundo o Itamaraty, a conversa com o premiê canadense deve abordar segurança energética, preservação ambiental e acordos multilaterais. Lula também deve reforçar o convite aos líderes presentes para participarem da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada em Belém, em novembro.
A presença de Lula na cúpula reforça a tentativa do Brasil de manter um papel ativo nas grandes discussões globais, mesmo sem ser membro do G7. Após cumprir a agenda internacional, o presidente retorna ao Brasil ainda nesta terça.
O encontro com Zelensky ocorre em meio a uma relação marcada por discordâncias diplomáticas. Lula e o presidente ucraniano já se encontraram anteriormente em Nova York e conversaram por telefone, mas divergências sobre a condução da guerra entre Ucrânia e Rússia têm gerado tensão entre os dois líderes.
Lula tem defendido uma solução negociada para o conflito, com a participação direta de russos e ucranianos na mesa de diálogo. Ele já sugeriu que a via diplomática deve prevalecer, chegando a afirmar que, se Zelensky fosse "esperto", priorizaria uma saída negociada. Em resposta, Zelensky chegou a declarar que Lula não é mais um ator relevante nas negociações de paz, criticando o que considera uma postura favorável à Rússia.
O governo brasileiro, ao lado da China, já se colocou como possível mediador nas tratativas de cessar-fogo, mas até o momento não houve avanço concreto nesse sentido.
Sensação
Vento
Umidade