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Febre/Oropouche

Novo tipo de febre se espalha pelo Brasil em 2025 e já causa mortes: veja sintomas e como se proteger

Vírus emergente avança das matas para as cidades

10/06/2025 09h55Atualizado há 2 meses
Por: Diário da Feira
Fonte: Correio da Bahia
Crédito: Imagem: cottonbro studio/Pexels
Crédito: Imagem: cottonbro studio/Pexels

Em 2025, o Brasil enfrenta um novo desafio de saúde pública com o avanço da febre Oropouche, uma infecção viral que já resultou em diversas internações e mortes no país. Antes restrita a áreas de mata, a doença agora chega com força aos centros urbanos, alertando especialistas para o risco de surtos em larga escala.

A febre é causada pelo vírus Oropouche (OROV), historicamente transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, típico de ambientes silvestres. No entanto, estudos recentes apontam que o pernilongo doméstico (Culex), comum nas cidades, também pode atuar como vetor, o que explica a rápida disseminação do vírus em áreas urbanas.

Sintomas da infecção

Os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Incluem:

  • Febre alta de início súbito

  • Dor de cabeça intensa

  • Dores musculares e nas articulações

  • Náuseas e, em alguns casos, vômitos

  • Fotofobia (sensibilidade à luz)

  • Tontura e fraqueza

Casos graves podem evoluir para meningite viral, especialmente em pessoas com baixa imunidade.

O vírus é transmitido pela picada de mosquitos contaminados. O aumento da circulação do OROV nas cidades está relacionado ao acúmulo de água parada, especialmente em períodos de chuvas intensas. Essa condição favorece a reprodução dos vetores tanto nas áreas urbanas quanto nas zonas periurbanas.

Ainda não há vacina ou tratamento antiviral específico contra o Oropouche. A principal forma de contenção é a prevenção contra mosquitos, com destaque para as seguintes ações:

  • Eliminar criadouros: tampar caixas d’água, limpar calhas e vasos de plantas regularmente.

  • Uso de repelentes: principalmente em regiões com casos confirmados.

  • Ambientes ventilados: o uso de ventiladores e ar-condicionado reduz a ação dos mosquitos.

  • Mosquiteiros com permetrina: ideais para quem vai a áreas de mata ou locais de risco.

  • Informação e vigilância: campanhas educativas e notificações rápidas às autoridades de saúde ajudam no controle de novos focos.

Situação atual e perspectiva

Vários estados brasileiros já registraram aumento nos casos de febre Oropouche em 2025. Com a facilidade de adaptação do vírus aos ambientes urbanos e a ausência de imunidade coletiva, o cenário é de alerta. Autoridades de saúde reforçam a necessidade de ações conjuntas entre governos, profissionais de saúde e população.

A febre Oropouche é mais um lembrete de que a mudança no comportamento de vetores, somada ao impacto das alterações climáticas, pode trazer à tona doenças antes consideradas restritas. Manter-se informado e tomar medidas preventivas pode ser decisivo para evitar a propagação da doença.

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