Em 2025, o Brasil enfrenta um novo desafio de saúde pública com o avanço da febre Oropouche, uma infecção viral que já resultou em diversas internações e mortes no país. Antes restrita a áreas de mata, a doença agora chega com força aos centros urbanos, alertando especialistas para o risco de surtos em larga escala.
A febre é causada pelo vírus Oropouche (OROV), historicamente transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, típico de ambientes silvestres. No entanto, estudos recentes apontam que o pernilongo doméstico (Culex), comum nas cidades, também pode atuar como vetor, o que explica a rápida disseminação do vírus em áreas urbanas.
Os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Incluem:
Febre alta de início súbito
Dor de cabeça intensa
Dores musculares e nas articulações
Náuseas e, em alguns casos, vômitos
Fotofobia (sensibilidade à luz)
Tontura e fraqueza
Casos graves podem evoluir para meningite viral, especialmente em pessoas com baixa imunidade.
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos contaminados. O aumento da circulação do OROV nas cidades está relacionado ao acúmulo de água parada, especialmente em períodos de chuvas intensas. Essa condição favorece a reprodução dos vetores tanto nas áreas urbanas quanto nas zonas periurbanas.
Ainda não há vacina ou tratamento antiviral específico contra o Oropouche. A principal forma de contenção é a prevenção contra mosquitos, com destaque para as seguintes ações:
Eliminar criadouros: tampar caixas d’água, limpar calhas e vasos de plantas regularmente.
Uso de repelentes: principalmente em regiões com casos confirmados.
Ambientes ventilados: o uso de ventiladores e ar-condicionado reduz a ação dos mosquitos.
Mosquiteiros com permetrina: ideais para quem vai a áreas de mata ou locais de risco.
Informação e vigilância: campanhas educativas e notificações rápidas às autoridades de saúde ajudam no controle de novos focos.
Vários estados brasileiros já registraram aumento nos casos de febre Oropouche em 2025. Com a facilidade de adaptação do vírus aos ambientes urbanos e a ausência de imunidade coletiva, o cenário é de alerta. Autoridades de saúde reforçam a necessidade de ações conjuntas entre governos, profissionais de saúde e população.
A febre Oropouche é mais um lembrete de que a mudança no comportamento de vetores, somada ao impacto das alterações climáticas, pode trazer à tona doenças antes consideradas restritas. Manter-se informado e tomar medidas preventivas pode ser decisivo para evitar a propagação da doença.
Sensação
Vento
Umidade