O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas ao presidente da China, Xi Jinping, nesta quarta-feira (4), ao comentar as negociações comerciais em curso entre os dois países. A declaração foi publicada na rede social de Trump, a Truth Social, em meio ao clima tenso das conversas sobre a redução das tarifas de importação.
“Gosto do presidente Xi, sempre gostei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de se negociar”, escreveu o republicano. A afirmação ocorre poucos dias após Trump acusar a China de ter descumprido o acordo provisório firmado em 12 de maio, durante rodada de negociações em Genebra.
O entendimento previa a redução temporária das tarifas aplicadas pelos EUA sobre produtos chineses — de 145% para 30% — e a diminuição das taxas chinesas sobre mercadorias americanas — de 125% para 10%. O prazo da medida é de 90 dias, com possibilidade de prorrogação caso as negociações avancem.
Na última sexta-feira (30), Trump já havia afirmado que Pequim “violou completamente” o acordo. Ele alega que só aceitou flexibilizar as tarifas para evitar um colapso econômico na China, que, segundo ele, já enfrentava sinais de crise interna e instabilidade social.
“Vi o que estava acontecendo e não gostei. Para eles, não para nós. Fiz um acordo rápido com a China para salvá-los de uma situação muito ruim”, justificou.
Horas após as novas críticas, a embaixada da China em Washington divulgou um comunicado em que pede aos EUA o fim das “restrições discriminatórias” e reforça a importância do diálogo para manter o que foi acertado em Genebra.
“As duas nações têm mantido conversas em diferentes níveis para tratar das preocupações econômicas e comerciais”, afirmou o porta-voz Liu Pengyu.
Desde abril, os EUA vêm ampliando a taxação de produtos importados da China, o que provocou retaliações imediatas de Pequim. A chamada guerra tarifária atingiu níveis históricos, com alíquotas que chegaram a 145% por parte dos americanos e 125% por parte dos chineses.
Apesar de promessas de recuo, a disputa segue sem solução definitiva. Trump, que busca retornar à Casa Branca nas eleições de novembro, continua usando o embate com a China como um de seus principais discursos de campanha.
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