O Ministério da Agricultura e Pecuária informou nesta segunda-feira (19) que três casos suspeitos de gripe aviária foram descartados após análise laboratorial. Os registros estavam localizados em áreas de produção familiar nos municípios de Gracho Cardoso (SE), Nova Brasilândia (MT) e Triunfo (RS).
A atualização foi dada em coletiva de imprensa com o ministro Carlos Fávaro e o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. Segundo o ministério, as suspeitas descartadas envolviam criações de subsistência, o que reduz o risco de disseminação entre grandes plantéis.
Ainda estão em investigação quatro casos: dois em granjas comerciais – Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC) – e dois em propriedades familiares nos municípios de Estância Velha (RS) e Salitre (CE). Um dos pontos que segue sendo monitorado com maior atenção é o caso ocorrido em Montenegro (RS), o primeiro registro da doença em uma granja comercial no Brasil, confirmado na última quinta-feira (15).
O Ministério reforçou que não há risco para o consumo de carne de frango ou ovos, já que o vírus H5N1 é eliminado por completo com o cozimento adequado dos alimentos.
Desde que o vírus foi identificado no país, em maio de 2023, o governo brasileiro já investigou 2.883 casos suspeitos em aves. Destes, 166 foram confirmados – a maioria em aves silvestres. Houve ainda três ocorrências em criações de subsistência e uma em produção comercial.
De acordo com o ministro Carlos Fávaro, o país poderá ser declarado livre da gripe aviária caso não haja novos casos nos próximos 28 dias, período necessário para completar o ciclo do vírus H5N1, a partir da desinfecção total da granja em Montenegro.
A retomada do status sanitário é essencial para as exportações de carne de frango, temporariamente suspensas por mercados como China, União Europeia, Argentina, entre outros. O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais do produto e acompanha de perto a situação para evitar impactos mais severos no comércio internacional.
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