Em mais um capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (9) um aumento drástico nas tarifas aplicadas sobre importações chinesas, elevando a alíquota para 125%. A decisão, segundo ele, tem efeito imediato e representa uma resposta direta ao que considera uma conduta desleal da China nos mercados internacionais.
"Chegou o momento de dar um basta à exploração dos Estados Unidos", escreveu Trump em sua conta nas redes sociais. Ele afirmou ainda que espera que, “em breve, a China compreenda que não é mais possível manter práticas comerciais que prejudicam outros países”.
Por outro lado, o presidente norte-americano também anunciou uma trégua parcial para outros países. Durante os próximos 90 dias, os Estados Unidos vão aplicar uma tarifa reduzida de 10% em caráter recíproco, como uma pausa no tarifaço anunciado na semana anterior.
Segundo Trump, a decisão foi tomada após mais de 75 países procurarem representantes dos EUA para negociar soluções conjuntas. Ele destacou que nenhum deles retaliou economicamente, o que influenciou a abertura dessa janela de negociação.
A atual tarifa de 125% é resultado de uma sequência de aumentos iniciados em fevereiro. Na ocasião, os EUA impuseram uma taxa extra de 10% sobre produtos chineses, somando-se a uma alíquota já existente de 10%. No início de abril, Trump anunciou mais 34%, e diante da retaliação chinesa, acrescentou outros 50%, chegando a 104%.
A nova alta anunciada hoje veio como resposta à decisão da China de elevar para 84% as tarifas sobre produtos norte-americanos, agravando ainda mais o embate comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
Apesar do tom agressivo contra a China, o alívio temporário para os demais países foi bem recebido pelos mercados financeiros. Os principais índices de Wall Street reagiram com fortes altas: o Nasdaq subia mais de 10%, o S&P 500 avançava quase 8% e o Dow Jones se valorizava cerca de 7% por volta das 15h40 (horário de Brasília).
O efeito também se estendeu a mercados internacionais, inclusive o Brasil. O dólar recuou e o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou forte alta, revertendo parte das perdas acumuladas desde o início da tensão tarifária.
A trégua parcial nos impostos comerciais pode não ser definitiva, mas representa um alívio momentâneo para a economia global, que vinha sentindo os impactos da escalada de tarifas entre as nações.
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