A ofensiva militar israelense na Cidade de Gaza continuou durante a noite de sábado (23) para domingo (24), com ataques aéreos e de tanques nos arredores leste e norte da cidade. Moradores relataram explosões contínuas nos bairros de Zeitoun, Shejaia e Sabra, além da destruição de prédios na cidade de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.
Autoridades israelenses afirmam que os ataques têm como objetivo desmantelar túneis usados pelo Hamas e impedir que o grupo terrorista retome operações nas áreas. O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que a ofensiva continuará até que o Hamas aceite encerrar a guerra e liberar os reféns mantidos no território.
A situação humanitária em Gaza se agrava. Moradores relatam medo e fome extrema, e muitos permanecem em suas casas por não ter para onde fugir. Mohammad, de 40 anos, disse: “Nenhum lugar é seguro, mas não posso correr o risco de fugir antes da invasão.” Outros afirmam que não sairão, mesmo com os bombardeios constantes.
Organizações de monitoramento alertam que a fome se espalha pelo enclave e áreas vizinhas. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos oito pessoas morreram recentemente por desnutrição e fome, elevando o total para 289, incluindo 115 crianças desde o início do conflito. Israel contesta esses números e afirma que continua a fornecer ajuda humanitária.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns. Desde então, a ofensiva israelense já deixou mais de 62.000 palestinos mortos, principalmente civis, destruiu grande parte da infraestrutura e deslocou quase toda a população internamente.
As negociações de cessar-fogo continuam em pauta, com mediação do Egito e do Catar, mas o clima na Cidade de Gaza permanece de tensão extrema, com ataques e destruição contínuos.
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