Os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no sul do Caribe com o envio de um esquadrão anfíbio composto por três navios de guerra, que se somam a três destróieres já posicionados na região. Segundo fontes militares americanas ouvidas pela agência Reuters, os navios USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Fort Lauderdale transportam cerca de 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais, e podem chegar à costa da Venezuela até domingo (24).
O Departamento de Defesa norte-americano confirmou o envio do esquadrão, ocorrido no dia 14, classificando-o como um “deslocamento programado”, sem detalhar o destino específico. As autoridades americanas informaram que o objetivo principal é enfrentar ameaças relacionadas a cartéis de drogas e organizações criminosas latino-americanas.
O governo Trump tem reforçado o combate ao narcotráfico como prioridade, incluindo a classificação do Cartel de Sinaloa, do México, e da organização criminosa venezuelana Tren de Aragua como grupos terroristas globais. A iniciativa também visa reduzir a migração e ampliar a segurança na fronteira sul dos EUA.
Em reação, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou a movimentação como “agressão imperialista” e anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos da Milícia Bolivariana para proteger o território nacional. Criada pelo ex-presidente Hugo Chávez, a milícia funciona como apoio à Força Armada Nacional Bolivariana e inclui reservistas espalhados por todo o país.
Especialistas em Relações Internacionais apontam que a presença dos navios americanos tem efeito dissuasório e serve como ferramenta de pressão, sem indicar necessariamente uma intenção de ataque direto à Venezuela. Para Maduro, a mobilização das milícias reforça a prontidão do país e fortalece o apoio popular em meio à escalada de tensões.
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