Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideram a possibilidade de que a recente ida de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para os Estados Unidos esteja relacionada a um plano para viabilizar a fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja condenado pelas investigações em andamento.
A hipótese surge em meio às suspeitas sobre o destino do ex-presidente diante das acusações de tentativa de golpe de Estado. Segundo um ministro do STF, há um cálculo político por trás da estratégia: "Nos EUA, eles têm visibilidade e podem transformar a fuga em um exílio".
O fracasso da manifestação em Copacabana, que pedia anistia para Bolsonaro e seus aliados, é apontado por integrantes da Corte como um marco na mudança de estratégia da família. Segundo a Polícia Federal (PF), Bolsonaro chegou a planejar aguardar o desfecho do golpe morando nos EUA no final de 2022. A quebra de sigilo bancário revelou que ele transferiu R$ 800 mil para contas no exterior antes de viajar para lá.
Fontes ligadas ao núcleo bolsonarista, no entanto, alegam que a decisão de Eduardo foi impulsiva e pegou o próprio pai de surpresa. "Ele não tinha nem roupas adequadas para uma estadia prolongada", relatou um aliado.
Aliados também sugerem que a permanência de Eduardo nos EUA tem outro objetivo: pressionar por medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, que também enfrenta disputas jurídicas no país.
Outro fator que pesa na estratégia seria a esperança de apoio de Donald Trump, caso ele vença as eleições presidenciais nos EUA. "Bolsonaro não tem uma saída jurídica viável no Brasil. Sua esperança é que Trump abrace sua defesa como uma causa política", avaliou um interlocutor próximo.
Em resposta às especulações, Bolsonaro negou qualquer intenção de sair do país. Em entrevista à revista Oeste, afirmou: "Não vou fugir, não vou sair do Brasil".
Sensação
Vento
Umidade