O governo brasileiro respondeu aos Estados Unidos, afirmando que o Pix garante segurança ao sistema financeiro sem discriminar empresas estrangeiras. A posição foi formalizada em um documento de 91 páginas enviado ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), que abriu investigação sobre possíveis práticas comerciais desleais do Brasil.
Assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o documento afirma que o país mantém políticas compatíveis com normas internacionais e que não há base jurídica ou factual para sustentar as alegações americanas. O governo também destacou que sistemas semelhantes ao Pix, como o FedNow do Federal Reserve, são utilizados por outros países, incluindo EUA, União Europeia e Índia.
O Brasil contesta ainda acusações sobre pirataria, bloqueio de redes sociais, desmatamento e tarifas sobre etanol, argumentando que todas as medidas seguem padrões internacionais e não prejudicam empresas estadunidenses. No caso do Pix, o Banco Central brasileiro garante neutralidade e transparência ao sistema de pagamentos instantâneos.
O documento também reforça que a relação comercial com os EUA é mutuamente benéfica, com histórico de superávit norte-americano na troca comercial, e que reformas recentes promovidas pelo Brasil alinham setores sensíveis às regras multilaterais.
O USTR deve realizar uma audiência pública em 3 de setembro para avaliar os argumentos, mas o desfecho da investigação ainda é incerto, cabendo ao governo dos EUA a decisão final sobre possíveis sanções ou medidas retaliatórias.
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