O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta às ações dos Estados Unidos, que elevaram a recompensa por informações que levem à captura do líder venezuelano e iniciaram uma operação antidrogas no Caribe.
Em agosto, a administração de Donald Trump aumentou para US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões) o valor oferecido por informações que resultem na prisão ou condenação de Maduro.
Durante um ato transmitido pela televisão, o presidente venezuelano afirmou:
“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura de todo o território nacional, com milícias preparadas, ativadas e armadas”, ordenando “tarefas” diante do que chamou de renovação das ameaças norte-americanas.
A Milícia Bolivariana, criada pelo ex-presidente Hugo Chávez, conta com cerca de 5 milhões de reservistas e faz parte da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), atuando como apoio ao Exército na defesa do país.
Maduro destacou o apoio dos militares venezuelanos e convocou suas bases políticas a fortalecerem as milícias camponesas e operárias em fábricas e comunidades.
“Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela!”, proclamou o presidente, defendendo a participação da classe operária na defesa da pátria.
O aumento da recompensa por Maduro foi justificado pelos Estados Unidos como uma medida diante de uma suposta ameaça à segurança nacional, classificando o presidente venezuelano como “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez, rebateu as acusações, classificando as ações americanas como “fantasiosas, ilegais e desesperadas” e criticando o governo dos EUA por interferir na soberania do país. Segundo Lopez, as ofertas representam uma violação do direito internacional e dos princípios de autodeterminação dos povos.
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