O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (7) que a realização de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorre por "interesse mútuo". O Kremlin confirmou que a reunião está sendo preparada, com local já definido, mas ainda mantido em sigilo.
Putin também declarou que não se opõe a uma reunião trilateral com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, embora tenha ressaltado que “algumas condições precisam ser atendidas” — sem especificá-las. Segundo ele, essas condições ainda estão distantes de serem cumpridas.
O encontro entre Trump e Putin deve ocorrer na próxima semana e pode ser um avanço nas negociações de um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia, iniciada em 2022. Essa será a primeira reunião direta entre líderes de Rússia e EUA desde o encontro entre Putin e Joe Biden em 2021.
O anúncio da reunião ocorre logo após um encontro entre Putin e o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que debateu a situação no Leste Europeu. Enquanto Trump afirmou que houve “grande progresso”, o Kremlin classificou a reunião como “construtiva”, mencionando uma troca de sinais entre os países.
O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, informou que as negociações para organizar a reunião bilateral já estão em andamento. O governo norte-americano, por sua vez, ainda não emitiu declaração oficial sobre o anúncio feito por Moscou.
Em paralelo às articulações entre EUA e Rússia, Zelensky declarou que a Europa precisa estar diretamente envolvida nas tratativas para encerrar o conflito. Segundo ele, as decisões sobre a guerra afetarão a segurança do continente por décadas.
Apesar do desejo de um encontro direto com Putin, o líder ucraniano ainda não recebeu resposta clara da Rússia. O governo russo sustenta que esse tipo de reunião só ocorrerá quando houver avanços concretos nas negociações.
A possível reunião ocorre em meio a um ultimato dado por Trump, que ameaça impor tarifas de 100% sobre a Rússia e seus parceiros comerciais caso não haja avanço nas negociações. As sanções devem entrar em vigor nesta sexta-feira (8), conforme confirmou a Casa Branca.
Fontes próximas à diplomacia americana indicam que Trump pretende reunir-se com Zelensky logo após o encontro com Putin, o que pode abrir espaço para um diálogo tripartite visando encerrar o conflito.
Até o momento, Putin e Zelensky nunca mantiveram conversas diretas desde o início da guerra. A realização dessa possível reunião trilateral dependerá do avanço das negociações e da disposição de todas as partes envolvidas em chegar a um cessar-fogo duradouro.
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