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Cessar Fogo

Zelensky diz a Trump que Putin está ‘blefando’ sobre cessar-fogo

Encontro define posicionamento da Ucrânia antes de cúpula EUA-Rússia

13/08/2025 09h10
Por: Diário da Feira
Fonte: G1 Mundo
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (13) que o líder russo, Vladimir Putin, está “blefando” nas tratativas para um acordo de cessar-fogo. A declaração foi feita após uma videoconferência com Donald Trump e líderes europeus, na qual discutiram a estratégia das futuras negociações que o republicano terá com Putin, previstas para sexta-feira (15), no Alasca.

Segundo Zelensky, Moscou tenta pressionar militarmente para demonstrar capacidade de ocupar todo o território ucraniano. Ele defendeu que a prioridade deve ser um cessar-fogo imediato, acompanhado de novas sanções caso a Rússia rejeite o acordo. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que Trump garantiu que qualquer negociação territorial será conduzida pela própria Ucrânia e que pressionará pelo fim do conflito.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse que houve consenso entre os aliados de que não pode haver reconhecimento da anexação russa de territórios ucranianos e que a soberania de Kiev deve ser preservada. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reforçou que “fronteiras não podem ser mudadas à força” e que a Ucrânia precisa de garantias robustas de segurança.

A reunião serviu para que Zelensky e seus parceiros europeus pedissem a Trump uma postura firme diante de Putin, temendo que um acordo no Alasca exija mais concessões de Kiev do que de Moscou — inclusive no aspecto territorial. A Casa Branca informou que a cúpula foi uma proposta russa aceita por Trump, e que ele está aberto a um encontro trilateral com Zelensky posteriormente.

Enquanto isso, a Rússia descarta ceder áreas sob seu controle, incluindo Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, além da Crimeia. Kiev, por sua vez, exige a retirada total das tropas russas e garantias de segurança ocidentais.

A guerra, iniciada em fevereiro de 2022, já deixou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados. A expectativa agora se volta para o encontro de sexta-feira, que será a primeira reunião presencial entre presidentes dos EUA e da Rússia desde 2021.

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