A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá presa na Itália após a audiência marcada para esta quarta-feira (13) ter sido interrompida devido a um mal-estar. Segundo o advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, a parlamentar precisou ser atendida durante o procedimento na Corte de Apelação, mas retornou ao tribunal posteriormente. Mesmo assim, a audiência terminou sem qualquer reavaliação da prisão.
De acordo com Pagnozzi, a defesa apresentará um documento de 84 páginas contendo pareceres médicos com o objetivo de solicitar que Zambelli aguarde a decisão sobre sua extradição em liberdade ou prisão domiciliar. O juiz da Corte de Apelação deverá determinar a avaliação de um perito médico oficial antes de decidir se mantém a detenção.
Zambelli deixou o Brasil no final de maio, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pelo envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em janeiro de 2023. Segundo o STF, o crime foi cometido em parceria com o hacker Walter Delgatti, que cumpre pena em Tremembé, interior de São Paulo.
O objetivo da invasão era comprometer a credibilidade dos sistemas do Judiciário em um período de questionamento eleitoral por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após ser incluída na lista da difusão vermelha da Interpol, Zambelli foi presa na Itália no final de julho, atendendo ao pedido de extradição feito pelo Brasil.
Além da prisão, o STF determinou a perda do mandato da deputada, e o processo de cassação ainda está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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