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Correios/Prejuízo

Correios lançam plano para reduzir custos após prejuízo bilionário

Estatal propõe corte de jornada, fim do home office e suspensão de férias para conter crise financeira

13/05/2025 10h01
Por: Diário da Feira
Fonte: G1
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Em meio a uma grave crise financeira, os Correios anunciaram nesta segunda-feira (12) um plano estratégico para enfrentar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado em 2024. A proposta prevê medidas rigorosas como redução da jornada de trabalho — com corte proporcional de salários —, suspensão temporária de férias e fim do regime de home office.

A empresa pública, que emprega cerca de 86 mil trabalhadores, espera economizar R$ 1,5 bilhão em 2025 se todas as medidas forem implementadas. Além de ajustes internos, como corte de cargos comissionados e incentivo ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV), o plano inclui ainda a retomada integral do trabalho presencial a partir de junho de 2025 e o lançamento de um marketplace próprio.

O documento, divulgado internamente aos funcionários, destaca a necessidade de engajamento dos empregados para superar o momento. "Cada contribuição, por menor que pareça, é valiosa", diz o comunicado.

Queda de receitas e aumento de despesas

Os Correios justificam o prejuízo alegando redução nas encomendas internacionais e aumento expressivo nos custos operacionais, principalmente com folha de pagamento. Só em 2024, os gastos com pessoal subiram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões, reflexo do Acordo Coletivo com mais de 80 mil funcionários.

Esse é o maior déficit desde 2016, quando a empresa registrou prejuízo de R$ 1,5 bilhão. Das mais de 10 mil unidades de atendimento, apenas 15% operam com superávit atualmente.

Impacto no fluxo de caixa e nas entregas

Além do rombo financeiro, a estatal enfrenta dificuldades de caixa. A liquidez foi reduzida drasticamente, e quase 92% dos recursos aplicados foram utilizados em 2024. Com isso, os Correios vêm enfrentando atrasos em pagamentos, repasses e no serviço de entregas, já afetado pela paralisação de transportadoras terceirizadas.

Apesar do cenário negativo, a estatal afirma que seguirá investindo em tecnologia e sustentabilidade. Só em 2024, R$ 830 milhões foram aplicados na aquisição de frotas e melhorias operacionais, com destaque para a compra de veículos elétricos e bicicletas de carga.

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