O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender sua política tarifária em publicação feita nesta quinta-feira (10) na rede Truth Social. Segundo ele, as medidas adotadas estão “indo muito bem” e “avançando rapidamente”. Trump afirmou ainda que as tarifas são positivas não apenas para os EUA, mas também para o cenário global.
A declaração ocorre em meio a um novo capítulo da crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China. Horas antes, o governo chinês havia anunciado um aumento significativo nas tarifas sobre produtos americanos, passando de 84% para 125%. A nova alíquota entra em vigor neste sábado (12), conforme comunicado da Embaixada da China em Washington.
Apesar do agravamento da disputa, Trump ainda não comentou diretamente o aumento promovido pela China. No entanto, ele reafirmou que as tarifas impostas pelos EUA são uma resposta necessária à falta de compromisso chinês com as regras do comércio internacional.
O Ministério das Finanças da China, por sua vez, reagiu duramente, acusando Washington de agir de forma unilateral e coercitiva, além de desrespeitar princípios econômicos básicos e tratados internacionais.
A disputa comercial entre os dois países se intensificou nas últimas semanas. Em um movimento mais amplo, Trump detalhou uma tabela de tarifas que varia de 10% a 50% sobre produtos vindos de mais de 180 países — sendo a China o principal alvo, com uma tarifa inicial de 34%, somada a outras anteriores.
Como retaliação, o governo chinês impôs novas taxas equivalentes sobre importações americanas, o que desencadeou uma série de aumentos recíprocos. Trump respondeu subindo ainda mais as tarifas, ameaçando a China com uma elevação adicional de 50 pontos percentuais caso o país não recuasse. A tarifa total imposta pelos EUA sobre produtos chineses agora chega a 145%.
Em sua nota, Trump afirma que outros países têm buscado diálogo com os EUA para evitar medidas semelhantes. Por esse motivo, ele anunciou uma pausa temporária de 90 dias na aplicação das tarifas para mais de 180 países — com exceção da China. Durante esse período, a tarifa padrão para esses países será de 10%.
Apesar da retórica firme, Trump demonstrou otimismo quanto a um possível acordo com Pequim: “Esperançosamente, em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis.”
A guerra tarifária, que teve início ainda em seu mandato, continua sendo um ponto central da política econômica defendida por Trump, especialmente em sua campanha para voltar à Casa Branca.
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