A União Europeia (UE) está pronta para adotar medidas fortes contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas ainda busca uma solução por meio de negociações, afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, nesta terça-feira (1º).
Em discurso ao Parlamento Europeu, Von der Leyen deixou claro que, embora a UE não deseje uma retaliação imediata, possui um “plano forte” caso a situação se agrave. As tarifas dos EUA, que afetam principalmente o aço e o alumínio importados, além do aumento de impostos sobre carros, devem entrar em vigor na quinta-feira (2). Trump também anunciou planos para as chamadas "tarifas recíprocas" a serem detalhadas na quarta-feira (2).
“Nosso objetivo é chegar a uma solução negociada, mas, caso seja necessário, protegeremos nossos interesses, nosso povo e nossas empresas”, afirmou a chefe da Comissão Europeia, destacando que as tarifas impostas pelos EUA podem prejudicar diretamente os consumidores norte-americanos, aumentar a inflação e afetar a competitividade das fábricas americanas.
Donald Trump deve anunciar nesta quarta-feira (2) os detalhes de como as tarifas recíprocas serão aplicadas a países que impõem taxas sobre produtos norte-americanos. Trump, que chamou a data de “Dia de Libertação”, disse que essas tarifas visam liberar os EUA de depender de produtos estrangeiros. No entanto, ele ainda não especificou a alíquota ou os critérios exatos para calcular essas tarifas, que poderão também afetar diversos setores, como o automotivo.
Apesar das ameaças de tarifas mais elevadas, Trump mencionou recentemente que as taxas podem ser menores do que o esperado e manifestou disposição para firmar acordos comerciais. A medida, no entanto, gerou reações negativas nos mercados financeiros, que temem o impacto sobre a inflação e o enfraquecimento da economia dos EUA.
A comunidade internacional tem demonstrado preocupação com o impacto das tarifas de Trump. Líderes estrangeiros afirmam que as medidas podem prejudicar a economia global, embora muitos países já se preparem para impor suas próprias contramedidas. Entre as reações estão:
Canadá: O primeiro-ministro, Mark Carney, afirmou que as tarifas de Trump comprometeram a parceria histórica entre os dois países.
França: O presidente Emmanuel Macron criticou as tarifas, alertando sobre o impacto na cadeia de produção global e sobre a criação de inflação.
México: A presidente Claudia Sheinbaum enfatizou a importância de defender os empregos no país, mas evitou uma resposta direta às tarifas.
China: O governo chinês manifestou que as tarifas prejudicam o comércio global e não resolvem os problemas econômicos apontados por Trump.
No Brasil, o Senado deve votar um projeto de lei que estabelece a Lei de Reciprocidade Econômica, em resposta às tarifas dos EUA. Diplomatas brasileiros também viajaram aos EUA em busca de alternativas para as medidas tarifárias.
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