O número de vítimas fatais do terremoto que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28) subiu para 1.644, segundo informações da mídia estatal. O forte abalo sísmico também deixou 2.376 pessoas feridas e causou destruição em várias regiões do país, além de ser sentido em países vizinhos como Tailândia e China.
O terremoto, de magnitude 7,7, teve seu epicentro localizado a apenas 16 km a noroeste de Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar. A profundidade do abalo foi de 10 km, o que intensificou seus efeitos, aumentando os danos estruturais e o número de vítimas. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) emitiu um alerta vermelho, estimando que o desastre pode ter causado mais de 10 mil mortes e prejuízos econômicos consideráveis.
Em Mandalay, sobreviventes tentam resgatar vítimas presas sob escombros enquanto aguardam a chegada de maquinário e equipes de resgate. Além da cidade, outras regiões fortemente atingidas incluem Sagaing e Meiktila, que enfrentam infraestrutura precária e dificuldades no atendimento às vítimas.
Na Tailândia, o terremoto também causou destruição. Em Bangkok, um prédio em construção desabou, deixando nove mortos e 101 pessoas desaparecidas sob os escombros. Equipes de resgate seguem trabalhando na busca por sobreviventes.
Diante da tragédia, a junta militar que governa Mianmar declarou estado de emergência em seis regiões, incluindo Mandalay e a capital Naypyidaw. O governo solicitou doações internacionais para auxiliar nos esforços de resgate e assistência humanitária, algo raro desde que assumiu o poder em 2021.
Diversos países já anunciaram ajuda. A União Europeia, a França e a Índia confirmaram o envio de recursos e equipes de resgate. A China mobilizou especialistas que já desembarcaram no país, enquanto a Índia enviou mais de 40 toneladas de suprimentos médicos e humanitários.
A destruição de estradas e pontes tem dificultado o acesso das equipes de socorro às áreas mais atingidas. Além disso, problemas no fornecimento de eletricidade e nas redes de comunicação complicam a mobilização de resgatistas e a assistência às vítimas. Testemunhas relatam incêndios em bairros inteiros e a queda de edifícios de grande porte.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que as Nações Unidas estão mobilizando esforços para auxiliar os atingidos. A Cruz Vermelha alertou sobre a destruição generalizada de infraestrutura pública e os riscos de colapso de represas.
O terremoto de Mianmar representa um dos maiores desastres naturais recentes na região e expõe os desafios enfrentados pelo país, já fragilizado por uma guerra civil e infraestrutura debilitada. O impacto total da tragédia ainda está sendo avaliado, e as buscas por vítimas continuam
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