A Comissão Europeia pediu à população que mantenha estoques de suprimentos essenciais para, pelo menos, 72 horas, como medida de precaução diante de possíveis emergências, como uma guerra. A solicitação faz parte da Estratégia de Preparação da União Europeia, que visa preparar o continente para uma série de riscos, desde desastres naturais e ataques cibernéticos até crises geopolíticas e agressões armadas contra países europeus.
A comissária responsável pela preparação e gerenciamento de crises, Hadja Lahbib, alertou que as ameaças enfrentadas pela Europa são cada vez mais complexas. "Nossa segurança europeia está diretamente ameaçada por situações como as vividas na Ucrânia, com bombardeios, drones, aviões de combate e ataques cibernéticos", afirmou ela.
Lahbib também destacou que a segurança dos cidadãos envolve novos "campos de batalha", como celulares e computadores, além de usinas de energia, setores que têm sido usados como armas para ameaçar a democracia e o estilo de vida europeu.
Para orientar os cidadãos, a comissária fez um vídeo nas redes sociais de forma descontraída, sugerindo itens essenciais para manter em casa, como água, alimentos, medicamentos, carregadores para celular, lanterna e rádio. "Pronta para qualquer coisa. Esse deve ser nosso novo estilo de vida europeu", escreveu Lahbib.
A Comissão Europeia está implementando um plano de 30 ações-chave com o objetivo de fortalecer a "cultura de preparação" no bloco, melhorar os sistemas de alerta, garantir a continuidade de serviços essenciais e ajudar os cidadãos a se prepararem para enfrentar crises.
Além disso, alguns países europeus, como Suécia e Finlândia, já atualizaram suas cartilhas e materiais de orientação, incentivando a população a se preparar para emergências, com destaque para diretrizes sobre o que armazenar e como agir em caso de guerra. A França também está desenvolvendo um manual de sobrevivência para ser distribuído à população nos próximos meses.
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