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Influenciadores são investigados por incêndio em área de preservação e suspeita de jogo ilegal

Os agentes saíram para cumprir 4 mandados de buscas e apreensão

14/03/2025 10h18
Por: Diário da Feira
Fonte: G1
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deflagraram nesta sexta-feira (14) uma operação contra os responsáveis por um incêndio que destruiu 45 mil metros quadrados de Mata Atlântica na Prainha, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O incêndio, que atingiu uma área de preservação ambiental, teria sido causado por influenciadores digitais durante a gravação de um vídeo promocional. Além do crime ambiental, os investigados também são suspeitos de envolvimento com um esquema de rifas ilegais.

Incêndio causado por fogos de artifício

De acordo com as investigações, na última terça-feira (11), Luiz Fernando Faria Rocha, conhecido como Nando Rocha, e Wesley Silva Nascimento, apelidado de Raio Motoboy, gravaram um vídeo na Avenida Estado da Guanabara para divulgar uma rifa de motocicleta. Durante a filmagem, eles teriam soltado rojões em direção à vegetação, causando o incêndio.

As autoridades afirmam que, ao perceberem as chamas, os influenciadores fugiram do local sem acionar os bombeiros ou qualquer órgão de emergência. O fogo se alastrou rapidamente, destruindo vegetação nativa e colocando em risco a fauna local. Entre os animais mortos no incêndio, foi identificada uma cobra.

O Núcleo de Defesa Florestal do Inea repassou as informações à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que iniciou as investigações. Com base nas evidências coletadas, foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, um dos quais cumprido em um endereço localizado em Marechal Hermes, Zona Norte da cidade. No local, a polícia encontrou a motocicleta que estava sendo rifada.

Suspeita de esquema ilegal de rifas

Além do crime ambiental, os investigadores também apuram se os influenciadores estavam envolvidos em práticas ilegais relacionadas a jogos de azar. A Delegacia do Consumidor (Decon) desmembrou o inquérito e passou a investigar os suspeitos por associação criminosa, crimes contra a economia popular e exploração de loteria sem autorização.

Segundo o delegado André Prates, “todas as rifas são ilegais se não houver autorização do Ministério da Fazenda, além de precisarem ter um caráter beneficente, o que não se aplica a esse caso”.

A operação segue em andamento para coletar mais provas e identificar possíveis cúmplices. Os suspeitos podem responder por crime ambiental, além das infrações associadas ao esquema de rifas não autorizadas.

 

 

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