A inflação no Brasil acelerou em fevereiro e registrou alta de 1,31%, conforme divulgado pelo IBGE. Esse foi o maior índice para o mês desde 2003, impulsionado principalmente pelo aumento de 16,8% na energia elétrica residencial.
O reajuste nas contas de luz teve um impacto significativo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de 5,06% nos últimos 12 meses. O aumento ocorreu após a retirada do desconto aplicado em janeiro, concedido pelo saldo positivo da Hidrelétrica de Itaipu.
O setor de alimentos e bebidas apresentou alta de 0,7% no mês, embora em ritmo menor que janeiro (1,07%). O preço dos ovos subiu 15,4%, reflexo da alta demanda e da redução na oferta devido ao calor intenso e ao aumento das exportações. Já o café moído teve reajuste de 10,8%, impactado por dificuldades na safra. Por outro lado, a batata-inglesa, o arroz e o leite longa-vida apresentaram quedas de preço.
Além da energia elétrica, o grupo de educação registrou a maior alta do mês, com variação de 4,7%, devido ao reajuste das mensalidades escolares. Já o setor de transportes avançou 0,61%, pressionado pelo aumento no preço dos combustíveis, especialmente o diesel (4,35%) e a gasolina (2,78%).
O índice acumulado em 12 meses continua acima do limite de tolerância definido pelo Conselho Monetário Nacional, que estabelece a meta de 3%, com variação entre 1,5% e 4,5%. O Banco Central já admite que, caso o cenário de alta nos preços se mantenha, será necessário justificar o descumprimento da meta no meio do ano.
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