Banco Central exclui quase 10 milhões de chaves Pix para reforçar a segurança

O Banco Central (BC) anunciou que, em abril, realizará a exclusão de aproximadamente 10 milhões de chaves Pix associadas a pessoas físicas e jurídicas com pendências na Receita Federal. Essa medida visa aumentar a segurança do sistema de pagamentos instantâneos, combatendo fraudes e garantindo que as transações sejam realizadas por usuários com dados regulares e atualizados.

De acordo com o BC, cerca de 8 milhões de chaves Pix estão vinculadas a CPFs com irregularidades cadastrais, como documentos de identidade de pessoas falecidas ou informações com grafia incorreta. Além disso, aproximadamente 1,7 milhão de chaves estão associadas a CNPJs com pendências na Receita Federal. As instituições financeiras serão responsáveis por remover essas chaves do sistema, visando a integridade e a confiabilidade das transações realizadas via Pix.

Novas funcionalidades e investimentos no Pix

Além das exclusões programadas, o Pix passou a contar com novas funcionalidades desde fevereiro. Uma delas é o Pix por Aproximação, que permite aos usuários realizarem pagamentos aproximando o celular de máquinas de pagamento, similar ao que já ocorre com cartões de crédito e débito. Essa inovação visa tornar as transações mais rápidas e práticas, aumentando a conveniência para os usuários.

Para suportar o crescimento contínuo do Pix e garantir a estabilidade do sistema, o Banco Central aumentou o orçamento destinado à sua manutenção. Em 2025, estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 67 milhões, um acréscimo em relação aos R$ 44 milhões investidos em 2024. Esses recursos são destinados ao desenvolvimento de novas soluções tecnológicas e à gestão eficiente do sistema de pagamentos, que opera ininterruptamente 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Crescimento do Pix

O Pix tem apresentado um crescimento expressivo desde sua implementação. Em 2024, o volume total de transações realizadas pelo sistema atingiu a marca de R$ 26 trilhões, representando um aumento de quase 55% em relação a 2023, quando foram movimentados R$ 17 trilhões. Esse crescimento reflete a ampla adoção do Pix por parte de consumidores e empresas, consolidando-o como uma das principais formas de pagamento no país.

As medidas adotadas pelo Banco Central, incluindo a exclusão de chaves irregulares e a introdução de novas funcionalidades, reforçam o compromisso com a segurança e a eficiência do sistema Pix, garantindo que ele continue atendendo às necessidades de usuários e instituições financeiras de forma confiável e inovadora.