Crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) estão recebendo um atendimento mais completo e humanizado em Feira de Santana, graças à atuação do Centro Especializado de Referência para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (Cer-TEA). O espaço, mantido por meio de uma parceria entre as secretarias municipais de Saúde e de Desenvolvimento Social, passou a contar com uma equipe multiprofissional que inclui neuropediatra, psiquiatra infantil, cirurgião-dentista, psicólogo, nutricionista, entre outros especialistas.
O objetivo do serviço é garantir um cuidado que vá além das demandas clínicas, oferecendo também suporte emocional e social às famílias. De acordo com a coordenadora do Cer-TEA, Lucinea Aragão, o serviço tem se estruturado a partir de triagens feitas por profissionais que já acompanhavam as crianças, o que permitiu identificar as necessidades individuais e realizar encaminhamentos mais precisos.
“Com a ampliação da equipe, conseguimos aprofundar as avaliações, inclusive no uso de medicamentos, analisando a real necessidade de ajustes nas dosagens ou até da suspensão do uso”, explica Aragão.
O atendimento odontológico é outro diferencial importante. Pensado de forma específica para o público infantil com TEA, ele leva em consideração as características particulares de cada criança. “Sabemos que algumas têm mais sensibilidade ou dificuldades, e nosso cuidado é sempre respeitoso com os limites individuais”, ressalta a coordenadora.
Além dos atendimentos individuais, o Cer-TEA também promove terapias em grupo e ações que estimulam a socialização entre as crianças. Um destaque é a parceria com o Programa Cactus, desenvolvido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), que oferece acompanhamento psicológico às mães dos pacientes.
Segundo Lucinea Aragão, esse apoio às famílias é essencial. “O bem-estar das mães impacta diretamente o desenvolvimento das crianças. O programa trata de temas como sobrecarga emocional, exclusão social e saúde mental”, afirma.
Para ter acesso ao Cer-TEA, as crianças precisam de encaminhamento feito pelo CAPS Infantil, que realiza a triagem inicial.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, avalia a iniciativa como um importante avanço. “Essa estrutura reforça nosso compromisso com uma assistência inclusiva e de qualidade, garantindo que as crianças autistas e suas famílias sejam acolhidas de forma integral”, conclui.
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