O governo iraniano tem promovido uma série de prisões e execuções de indivíduos acusados de colaborar com agências de inteligência israelenses, especialmente após uma escalada do conflito entre os dois países. As autoridades afirmam que houve uma infiltração sem precedentes de agentes israelenses, que teriam fornecido informações cruciais para assassinatos seletivos de comandantes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e cientistas nucleares.
Durante o confronto de 12 dias, três pessoas foram executadas por suposta espionagem, e outros três foram mortos logo após o cessar-fogo, com centenas de suspeitos detidos em todo o país. A televisão estatal divulgou confissões, muitas vezes questionadas por grupos de direitos humanos, que temem julgamentos injustos e o uso de tortura.
Além da repressão a supostos espiões, o governo ampliou a pressão sobre jornalistas que cobrem o conflito no exterior, ameaçando familiares para forçar a censura, além de restringir o acesso à internet e bloquear redes sociais, dificultando a comunicação da população.
Especialistas alertam que essas ações reforçam um padrão histórico de repressão interna, semelhante ao período da guerra Irã-Iraque nos anos 1980, quando milhares foram executados em comissões secretas. A crise atual pode aprofundar ainda mais o controle autoritário do regime sobre dissidentes e a sociedade civil.
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