Após 12 dias de intensos confrontos, Israel e Irã encerraram as hostilidades com um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. O saldo da chamada “Guerra dos 12 Dias”, como foi batizada pelo presidente norte-americano Donald Trump, revela a magnitude da escalada militar: ao menos 638 mortos, quase 8 mil feridos, mais de 2 mil ataques realizados e 700 prisões efetuadas.
No Irã, as autoridades locais contabilizaram 610 mortes e 5.332 feridos. No entanto, a ONG Human Rights Activists afirma que o número real pode ser maior, chegando a 1.054 mortos e 4.476 feridos. Entre os mortos estão 30 comandantes militares de alto escalão e 14 cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
Em Israel, foram registradas 28 mortes e 3.238 feridos. Segundo o governo israelense, 23 pessoas ficaram em estado grave, 111 com ferimentos moderados e mais de 2.900 com lesões leves. Também foram relatados 138 casos de crises de ansiedade aguda. Além disso, mais de 9 mil israelenses foram deslocados de suas casas devido aos bombardeios.
Durante o conflito, o Irã prendeu 700 pessoas por supostas ligações com Israel. Três desses detidos foram executados. Em Israel, três pessoas foram presas acusadas de espionagem em favor do Irã. Já nos Estados Unidos, o Serviço de Imigração (ICE) prendeu 11 iranianos.
O Irã lançou cerca de 550 mísseis balísticos e 1.000 drones contra o território israelense. Israel afirma ter interceptado aproximadamente 90% desses artefatos. Ainda assim, 31 mísseis atingiram áreas civis ou pontos estratégicos, como uma usina elétrica no sul de Israel, uma refinaria em Haifa e uma universidade no centro do país.
Em resposta, Israel conduziu mais de mil missões aéreas contra o Irã. Nas primeiras 72 horas de ofensiva, foram disparadas 300 munições guiadas em cinco ondas coordenadas. Os Estados Unidos também participaram do ataque com 14 bombas antibunker lançadas sobre instalações nucleares iranianas, usando bombardeiros B-2 Spirit e um submarino.
A guerra causou impactos além das fronteiras dos dois países. O espaço aéreo de oito nações — incluindo Síria, Iraque, Catar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Kuwait — foi temporariamente fechado. Israel emitiu mais de 21 mil alertas para a população civil ao longo do conflito.
Apesar do cessar-fogo em vigor, os danos materiais e humanos reforçam o alto custo da escalada entre os dois países e mantêm a tensão regional em alerta máximo.
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