As autoridades de Israel e Irã anunciaram vitórias no conflito que se estende há quase duas semanas, mesmo após manifestações de intenção de cessar-fogo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que seu país eliminou a ameaça nuclear iraniana e reafirmou o compromisso de impedir que Teerã retome seu programa nuclear. Em contrapartida, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que, embora Israel tenha iniciado a guerra, foi o Irã quem a encerrou com uma vitória significativa.
Netanyahu afirmou que a vitória alcançada será histórica e direcionou as próximas ações militares de Israel à Faixa de Gaza, contra o grupo Hamas. Na noite de segunda-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo de cessar-fogo entre os dois países. Contudo, ainda nas primeiras horas após o anúncio, ambas as nações se acusaram mutuamente de desrespeitar o acordo.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que o Irã disparou mísseis após o início da trégua e orientou as Forças Armadas a retomarem os ataques contra alvos iranianos. Por sua vez, o Irã acusou Israel de violar o cessar-fogo com uma nova série de ataques a seu território. Em resposta, Trump reforçou a validade do cessar-fogo, garantindo que Israel não atacará o Irã e que as forças aéreas retornarão a suas bases.
O conflito teve início quando Israel acusou o Irã de estar perto de desenvolver armas nucleares, levando a um ataque surpresa contra o país no dia 13 deste mês, escalando as tensões no Oriente Médio. No último sábado (21), os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.
O Irã defende que seu programa nuclear é estritamente pacífico e que estava negociando com os EUA para cumprir o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário. Entretanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tem acusado o Irã de não cumprir integralmente suas obrigações, embora não tenha apresentado provas conclusivas de desenvolvimento de armamento nuclear.
Teerã critica a AIEA por suposta parcialidade política, acusando potências ocidentais, incluindo EUA, França e Reino Unido, de apoiar Israel no conflito. Em março, a inteligência americana afirmou que o Irã não fabricava armas nucleares, mas a declaração foi posteriormente contestada pelo presidente Trump.
Apesar das negações oficiais, há indícios históricos de que Israel mantém um programa nuclear secreto desde a década de 1950, com cerca de 90 ogivas nucleares desenvolvidas.
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