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Anderson Torres nega existência de provas de fraude nas urnas ao Ministério da Justiça

Ex-ministro é o quarto réu do 'núcleo crucial' a depor; Bolsonaro será ouvido nesta semana

10/06/2025 10h35
Por: Diário da Feira
Fonte: G1
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou nesta terça-feira (10), em depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que a pasta não possuía informações técnicas ou provas sobre fraudes nas urnas eletrônicas após as eleições de 2022. Segundo ele, o Ministério da Justiça, sem a atuação da Polícia Federal, não dispõe de setor ou área responsável por investigar ou apurar questões relacionadas às urnas.

Torres declarou: "Tecnicamente falando, não temos nada que aponte fraude nas urnas. Nunca chegou essa notícia até mim." Ele explicou que, quando questionado pelo então presidente Jair Bolsonaro ou outras autoridades, sempre reforçava que não havia evidências técnicas sobre irregularidades no sistema eleitoral. O material a que teve acesso dizia respeito apenas a sugestões para melhorias nas urnas.

Durante o depoimento, o ministro Alexandre de Moraes citou uma reunião ministerial em que Torres mencionou possíveis indícios de hackeamento no sistema eleitoral. O ex-ministro esclareceu que suas declarações referiam-se a propostas de aperfeiçoamento apresentadas pela perícia da Polícia Federal, não a evidências concretas de fraude. “Não tinha nenhum indício”, afirmou.

Torres é o quarto dos oito réus do chamado "núcleo crucial" do suposto golpe que tenta romper a ordem democrática a prestar depoimento na instrução processual que ocorre no STF. Entre os réus estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, e outros nomes ligados ao governo anterior.

O julgamento está na fase final de instrução processual, quando são colhidas provas e ouvidos os réus para que possam responder às acusações. Após essa etapa, será aberta uma fase para diligências e, em seguida, as partes terão 15 dias para apresentar alegações finais antes do julgamento definitivo.

Nos depoimentos iniciais, o coronel Mauro Cid, que fechou acordo de colaboração premiada, confirmou ter presenciado parte dos fatos narrados na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta a existência de um plano para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Ele revelou que Bolsonaro teria sugerido alterações em um documento chamado "minuta do golpe", retirando trechos que previam prisões, mas mantendo outros que indicavam a detenção do ministro Alexandre de Moraes.

Outro depoente, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, afirmou que o documento com críticas às urnas era um rascunho pessoal e negou envolvimento em ações de desinformação ou monitoramento de autoridades

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