Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que pelo menos 45 cidades baianas estão com vacinas em falta, muitas delas inclusas no Calendário Nacional de Vacinação. A situação afeta principalmente os imunizantes que previnem doenças como varicela (catapora), sarampo, caxumba e rubéola.
O levantamento, divulgado na segunda-feira (2), foi respondido voluntariamente por 112 secretarias municipais de saúde da Bahia. De acordo com os dados, a vacina mais escassa no estado é a que combate a varicela, infecção causada pelo vírus Varicela-Zoster. Altamente transmissível, a catapora é caracterizada por febre, cansaço e lesões avermelhadas na pele que evoluem para bolhas com coceira.
Entre abril e maio deste ano, 31 municípios relataram a falta dessa vacina. O Ministério da Saúde, por sua vez, afirmou que o fornecimento do imunizante vem sendo realizado conforme a disponibilidade do fabricante. “Neste ano, já foram entregues 2 milhões de doses e 1,7 milhão aplicadas”, informou a pasta.
Apesar disso, o presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), Marcos Sampaio, não confirma oficialmente a existência de desabastecimento em larga escala. “Pode ter ocorrido falta pontual, mas não é possível afirmar que há escassez generalizada no estado”, declarou.
Outro imunizante que enfrenta desabastecimento é a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Segundo o estudo da CNM, 20 cidades baianas relataram a falta da dose no mesmo período. Esse imunizante é recomendado para crianças a partir dos 15 meses de idade.
Na rede pública, a vacina é oferecida gratuitamente, mas na rede privada, seu custo pode chegar a R$ 410. Já a vacina monovalente contra a catapora, indicada para crianças de 4 anos, pode ser encontrada por até R$ 284.
A pesquisa aponta ainda a falta da vacina contra a dengue (Qdenga) em 14 cidades da Bahia. A imunização é feita em duas doses e, no setor privado, o custo total pode ultrapassar R$ 980. O Ministério da Saúde afirmou que todas as doses disponíveis junto ao fabricante foram adquiridas e que novas remessas de vacinas – incluindo as contra varicela e dengue – estão previstas, mas sem data definida para entrega.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir surtos e proteger a população contra doenças infecciosas. A orientação dos profissionais de saúde é para que os pais fiquem atentos ao calendário vacinal das crianças e, em caso de ausência das doses, busquem informações com as secretarias municipais sobre a previsão de reposição.
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