O aumento de casos de raiva em animais de produção tem preocupado autoridades sanitárias na Bahia. Os equinos registraram crescimento expressivo: de dois casos nos quatro primeiros meses de 2024 para 12 no mesmo período de 2025 — um salto de 600%. Já entre os bovinos, o número se manteve estável (12 casos até abril), mas o monitoramento segue intenso, devido ao tamanho do rebanho.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adab) acompanham o cenário. Até agora, 44 casos positivos em animais foram confirmados este ano, contra 37 em 2024 — alta de quase 19%.
Uma das hipóteses para o aumento é a redução da vacinação. Com o fim da obrigatoriedade da vacina contra febre aftosa, muitos produtores deixaram de aplicar também a dose contra a raiva. Em todos os casos recentes, os animais não estavam imunizados há mais de dois anos.
Outro fator de risco são os morcegos hematófagos, que transmitem o vírus por meio da mordida. Ao notar feridas nos animais ou sinais neurológicos, como salivação excessiva e dificuldade para andar, é fundamental acionar a Adab.
Em Salvador, já foram registrados três casos este ano — um em cavalo e dois em morcegos. Apesar de não serem hematófagos, esses morcegos também podem transmitir o vírus.
A vacina antirrábica em humanos é aplicada apenas após exposição ou para profissionais de risco. O último caso humano na Bahia foi em 2017.
Sensação
Vento
Umidade