Feira de Santana foi escolhida para sediar um seminário regional sobre doenças raras, reunindo representantes do Nordeste para discutir políticas públicas e o fortalecimento da atenção à saúde de pacientes com essas condições. A informação foi divulgada por Graça Maria Matos Souza, integrante da Casa Hunter, organização sem fins lucrativos que atua na defesa de pessoas com doenças raras.
De acordo com Graça Maria, a cidade e região abrigam mais de 47 mil pessoas diagnosticadas com algum tipo de doença rara. No Brasil, o número de pacientes chega a 13 milhões, enquanto na Bahia são cerca de um milhão. Ela ressaltou que o evento ainda depende da definição da data pela Secretaria Municipal de Educação, mas destacou a importância do seminário para chamar atenção das autoridades e da sociedade para a causa.
“O objetivo é que possamos legislar em apoio a essa população. Somos raros, mas não somos invisíveis. Todos têm direito à saúde, e nós raros não somos diferentes”, afirmou. Graça Maria destacou que existem mais de 8 mil doenças raras catalogadas, exigindo um olhar atento e ações concretas do poder público.
Paciente de doença rara desde a infância, ela relatou a dificuldade em conseguir diagnóstico adequado e acesso a tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), citando que muitas vezes os pacientes precisam se deslocar para centros especializados em Salvador. Segundo ela, 70% das doenças raras surgem na primeira infância, e a falta de estrutura adequada na Bahia limita o atendimento de forma efetiva.
Além de integrar a Casa Hunter, Graça Maria foi escolhida para a Câmara Técnica das Pessoas com Patologias do Conselho Nacional de Saúde, triênio 2025-2028. Ela enfatizou que continuará lutando por políticas públicas, ampliação do teste do pezinho e criação de mais núcleos de atendimento para melhorar o diagnóstico e acompanhamento de doenças raras no estado.
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