O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, levemente acima da taxa de 0,24% registrada em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi impulsionado principalmente pela alta na conta de luz, enquanto a queda no preço dos alimentos ajudou a conter uma elevação maior.
No acumulado de 12 meses, o IPCA alcançou 5,23%, permanecendo acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (4,5%). O resultado, no entanto, representa desaceleração em relação ao índice de 5,35% registrado no período encerrado em junho.
A energia elétrica residencial subiu 3,04% em julho, influenciada pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos para custear o uso de usinas termelétricas. Reajustes tarifários em cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro também contribuíram para o aumento, resultando no maior impacto individual do mês: 0,12 ponto percentual.
Em contrapartida, o grupo de alimentos e bebidas apresentou queda de 0,27%, o segundo recuo seguido, puxado por produtos como batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Essa redução evitou que o índice fosse ainda maior — sem esse efeito, a inflação teria chegado a 0,41%.
Entre os demais grupos pesquisados, houve deflação em vestuário (-0,54%) e comunicação (-0,09%). Já o transporte subiu 0,35%, influenciado principalmente pela alta de 19,92% nas passagens aéreas, enquanto os combustíveis caíram pelo quarto mês seguido (-0,64%).
O IBGE destacou que o resultado de julho não reflete o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, já que as medidas passaram a valer apenas em agosto.
O IPCA mede a variação de preços para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, com coleta em 16 capitais e regiões metropolitanas do país.
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