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Sanções Econômicas

Itamaraty convoca diplomata dos EUA após declarações contra Judiciário brasileiro

Embaixada dos EUA monitora aliados de Moraes, diz em redes sociais

09/08/2025 13h07
Por: Diário da Feira
Fonte: Agência Basil
Foto: Luis Dantas/Divulgação
Foto: Luis Dantas/Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) chamou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre declarações recentes do governo americano que ameaçam integrantes do Judiciário brasileiro. A convocação foi feita pelo secretário interino da Europa e América do Norte do Itamaraty, embaixador Flavio Celio Goldman, que expressou a insatisfação do governo brasileiro com o tom e o teor das postagens feitas pelo Departamento de Estado dos EUA e pela própria embaixada nas redes sociais.

O governo brasileiro considera as manifestações do Estado norte-americano uma ingerência inaceitável nos assuntos internos do país, além de ameaças diretas a autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes.

Nos últimos dias, o Departamento de Estado tem criticado publicamente decisões do STF relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Em um comunicado divulgado pela embaixada, o secretário de diplomacia pública dos EUA, Darren Beattie, alertou que “aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes”, afirmando que a situação está sendo monitorada de perto. Além disso, o diplomata acusou o ministro brasileiro de promover “censura” e “perseguição” contra Bolsonaro.

No final de julho, os Estados Unidos aplicaram sanções econômicas contra Alexandre de Moraes, baseadas na Lei Magnitsky, como resposta ao julgamento do chamado “processo da trama golpista”. A investigação apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, envolvendo planos de prisão e assassinato de autoridades públicas. Jair Bolsonaro, que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva, nega as acusações.

Paralelamente, há apurações sobre uma possível articulação entre Bolsonaro, seu filho Eduardo Bolsonaro e agentes nos EUA para pressionar a aplicação de sanções contra o Brasil, o que pode estar relacionado ao processo político e econômico em curso.

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