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Canetas emagrecedora

Fiocruz vai produzir canetas emagrecedoras no Brasil com transferência de tecnologia

Medicamentos serão produzidos em parceria com a EMS

07/08/2025 15h18Atualizado há 6 dias
Por: Diário da Feira
Fonte: Agência Basil
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmou dois acordos com a farmacêutica EMS para iniciar a produção nacional de medicamentos à base de liraglutida e semaglutida — compostos utilizados em tratamentos para diabetes tipo 2 e obesidade, e conhecidos popularmente como "canetas emagrecedoras". O acordo prevê a transferência completa da tecnologia para a unidade Farmanguinhos, no Rio de Janeiro.

Inicialmente, a fabricação será feita pela EMS em Hortolândia (SP), enquanto a transferência de tecnologia é concluída. A parceria contempla tanto a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) quanto a formulação final do medicamento.

De acordo com comunicado das instituições, os remédios injetáveis representam uma inovação no tratamento de doenças metabólicas, com alta eficácia comprovada. A iniciativa marca um avanço para a indústria nacional, que se prepara para incorporar medicamentos injetáveis ao portfólio da Fiocruz.

A produção brasileira fortalece o Complexo Econômico-Industrial da Saúde e amplia a autonomia do país em medicamentos de alta complexidade, especialmente aqueles com alta demanda e custo elevado.

Uso e controle rigoroso

Apesar da popularidade, o uso dessas medicações exige prescrição médica e tem sido alvo de controle mais rigoroso. A Anvisa passou a exigir a retenção da receita médica a partir de junho, após aumento nos relatos de efeitos adversos causados por uso inadequado.

Sociedades médicas como a SBEM, SBD e ABESO alertam que o uso indiscriminado pode prejudicar pacientes que realmente necessitam do tratamento, além de causar riscos à saúde.

Possível inclusão no SUS

Também em junho, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) abriu consulta pública sobre a possível inclusão da semaglutida no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora a demanda seja crescente, o parecer inicial da comissão foi desfavorável, citando alto custo — até R$ 7 bilhões em cinco anos.

A nova parceria entre Fiocruz e EMS pode representar um passo importante para reduzir esses custos no futuro e viabilizar o acesso mais amplo da população brasileira a tratamentos modernos e eficazes.

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