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Sanções Econômicas

Lula afirma que Brasil não aceitará chantagens e tem apoio popular para enfrentar sanções

Bolsonaro pressionou EUA por tarifas, diz Lula

11/07/2025 14h42Atualizado há 1 mês
Por: Diário da Feira
Fonte: Agência Basil
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante evento realizado nesta sexta-feira (11), em Linhares (ES), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil está pronto para responder com firmeza às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Segundo ele, o governo brasileiro conta com o respaldo da população para não ceder a ameaças ou pressões externas.

“Esse país não vai se curvar diante de ninguém. O povo brasileiro não aceitará provocações ou bravatas. Temos orgulho da nossa soberania e vamos defendê-la com responsabilidade e coragem”, afirmou o presidente, durante cerimônia de lançamento de indenizações para vítimas do desastre de Mariana (MG).

As críticas de Lula vêm após o anúncio do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que pretende impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA a partir de agosto. A decisão gerou reações de diversos setores da sociedade, incluindo empresários, sindicatos, parlamentares e movimentos sociais.

Resposta com base na reciprocidade

Lula voltou a defender que, se não houver avanço nas negociações diplomáticas, o Brasil poderá recorrer à reciprocidade comercial para responder às tarifas. “Trump está mal informado. Em vez de déficit, os EUA acumulam superávit de mais de 400 bilhões de dólares na balança com o Brasil nos últimos anos. Eu é que deveria aplicar taxas, não o contrário”, argumentou.

O presidente garantiu que o governo buscará soluções através de canais multilaterais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Brics. Caso não haja entendimento, o país poderá adotar medidas similares em resposta à ofensiva norte-americana.

Críticas a Bolsonaro e denúncias de articulação política

Lula também usou o evento para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por supostamente atuar para que sanções fossem impostas ao Brasil em troca de apoio internacional em sua defesa pessoal. Segundo o presidente, Bolsonaro teria enviado seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aos EUA para pedir ajuda a Trump contra os processos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O ex-presidente preferiu fugir da responsabilidade. Mandou o filho implorar apoio ao Trump, em vez de encarar os processos com dignidade. Quem está denunciando ele são os próprios aliados militares, não o PT”, declarou Lula.

Bolsonaro é acusado de liderar uma tentativa de golpe para anular o resultado das eleições de 2022, com planos que incluíam, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), até atentados contra autoridades como Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Reação de Bolsonaro

Em suas redes sociais, Jair Bolsonaro reagiu à repercussão do anúncio de Trump, elogiando o ex-presidente norte-americano e afirmando que as tarifas são consequência do “afastamento do Brasil de seus compromissos com a liberdade”. Ele negou qualquer tentativa de golpe e pediu providências imediatas das instituições brasileiras.

Enquanto isso, analistas avaliam que a medida anunciada por Trump tem viés político, mirando o avanço do Brasil no Brics, a regulação das big techs e uma tentativa de interferência no cenário judicial e institucional brasileiro.

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