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Tarifa/Social

Nova tarifa social começa a valer neste sábado

Gratuidade e descontos ampliam acesso à energia para famílias de baixa renda

04/07/2025 11h01
Por: Diário da Feira
Fonte: G1
Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

A partir deste sábado (5), entra em vigor a nova tarifa social de energia elétrica, que garante isenção total na conta de luz para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) que consumirem até 80 kWh por mês. A medida provisória que institui o benefício foi publicada em maio no Diário Oficial da União e terá validade imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para não perder seus efeitos.

A nova regra amplia os atuais benefícios da tarifa social, que já oferecia descontos de até 65% para famílias de baixa renda. Agora, estima-se que cerca de 60 milhões de pessoas serão contempladas com a gratuidade ou o desconto parcial, conforme o perfil socioeconômico.

Quem terá direito à isenção?

A isenção integral da conta de luz valerá para:

  • Famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa e registradas no CadÚnico;

  • Idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC);

  • Famílias indígenas e quilombolas cadastradas no CadÚnico;

  • Moradores de áreas isoladas abastecidas por sistemas off-grid (fora da rede elétrica pública).

Já o desconto parcial continua valendo para quem consome até 120 kWh por mês e tem renda entre meio e um salário mínimo, incidindo sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que representa cerca de 12% da fatura de energia.

Segundo o governo federal, o custo da medida está estimado em R$ 3,6 bilhões ao ano, que será compensado por mudanças regulatórias e pela abertura gradual do mercado de energia elétrica, prevista na própria MP.

Além da tarifa social, a medida provisória também abre caminho para que todos os consumidores possam escolher seu fornecedor de energia elétrica — algo hoje restrito a grandes empresas. A abertura será feita em etapas:

  • Agosto de 2026: para indústrias e comércios;

  • Dezembro de 2027: para os demais consumidores residenciais.

Para garantir sustentabilidade ao sistema elétrico, o governo prevê ainda:

  • Inclusão de consumidores livres no rateio dos custos das usinas nucleares Angra 1 e 2;

  • Distribuição mais equilibrada dos encargos da CDE entre todos os consumidores;

  • Limitações a autoproduções com alto consumo e isenções desproporcionais.

Com essas mudanças, o governo busca reduzir desigualdades no acesso à energia, estimular a competitividade no setor e proteger as famílias mais vulneráveis do impacto das altas tarifas.

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