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Dorival/Seleção

Os erros de Dorival Júnior e a crise na seleção brasileira

Sete tropeços do técnico que deixaram o Brasil sem rumo

27/03/2025 08h52
Por: Diário da Feira
Fonte: UOL
Foto: Esporte News Mundo
Foto: Esporte News Mundo

A goleada sofrida para a Argentina por 4 a 1 colocou Dorival Júnior sob pressão e escancarou problemas na seleção brasileira. A equipe não demonstra evolução, e algumas escolhas do treinador vêm sendo contestadas. A seguir, analisamos sete fatores que comprometem o trabalho do técnico:

1) Falta de coerência tática

Dorival não estabeleceu um padrão tático definido. Alternou entre utilizar um centroavante e apostar em um esquema sem um camisa 9 fixo. O vai e vem de escolhas incluiu testes com Pedro, Endrick, Igor Jesus, João Pedro e Matheus Cunha, sem consolidar nenhuma das opções.

Além disso, o próprio treinador admitiu que a seleção foi planejada para atuar com Neymar, mesmo sem o jogador ter condições físicas de atuar regularmente.

2) Dependência excessiva de Neymar

O Brasil não conseguiu encontrar um substituto para Neymar, tanto tecnicamente quanto em termos de protagonismo. Jogadores como Rodrygo, Vinícius Júnior e Raphinha, que brilham em seus clubes, não assumiram esse papel na seleção. O próprio planejamento da equipe indicava uma forte dependência do craque, mesmo sem garantias de sua participação.

3) Copa América sem progresso

Mesmo tendo um tempo significativo de preparação antes da Copa América, a seleção não demonstrou evolução. A eliminação para o Uruguai nas quartas de final deixou evidente a falta de um plano de jogo consistente. Curiosamente, após insistir em um esquema sem centroavante, Dorival passou a destacar a importância de um camisa 9 após o fracasso.

4) Ausência de soluções

Dorival apostou em renovação e convocou diversos jogadores novos, mas não encontrou soluções efetivas. Nenhum dos atletas menos experientes conseguiu se firmar como peça-chave da equipe. Diferentemente de Tite, que descobriu Raphinha atuando no Leeds, Dorival não conseguiu revelar novos protagonistas.

5) Pouco repertório tático

O treinador variou apenas entre formações com um centroavante ou um falso 9, sem testar um meio-campo mais reforçado ou um esquema com três zagueiros. A falta de alternativas ficou evidente no confronto contra a Argentina, quando a seleção foi amplamente dominada no setor de meio-campo.

Nas laterais, o treinador fez vários testes sem encontrar soluções. Jogadores como Vanderson e Wesley foram usados na direita, enquanto Guilherme Arana teve dificuldades pela esquerda.

6) Pouco aproveitamento dos jovens talentos

Mesmo convocando jovens promissores, Dorival não lhes deu sequência. O caso mais evidente é o de Endrick, que oscilou entre ser titular e não ser convocado. Ao retornar, foi utilizado apenas nos minutos finais da goleada sofrida contra a Argentina.

Outros jovens, como Estevão, também tiveram poucas oportunidades, reduzindo as chances de desenvolver novos protagonistas para a seleção.

7) Falta de critério nas convocações

As decisões do treinador muitas vezes pareceram inconsistentes. Em um momento, Dorival justificou a não convocação de Endrick pela falta de minutos no Real Madrid, mas depois chamou o jogador mesmo com ele ainda na reserva. Após destacar a necessidade de um centroavante, deixou de convocar um camisa 9 em algumas listas.

Jogadores como Igor Jesus e Luiz Henrique passaram rapidamente de titulares a não serem sequer lembrados, enquanto outros foram chamados sem uma explicação clara de critérios.

Dorival Júnior enfrenta um momento de pressão na seleção brasileira, e sua permanência no cargo depende de uma reestruturação tática e de uma maior consistência em suas decisões. Com as Eliminatórias em andamento e a Copa do Mundo no horizonte, a seleção precisa encontrar um caminho para retomar sua identidade e competitividade.

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