Em um pronunciamento nesta sexta-feira (21) em Roma, o cardeal Víctor Manuel Fernández, chefe do escritório doutrinário do Vaticano, informou que o Papa Francisco está enfrentando um desafio adicional em sua recuperação. Após semanas de internação devido à pneumonia dupla, o pontífice, de 88 anos, precisou utilizar oxigênio de alto fluxo, o que resultou em um efeito colateral inesperado: a necessidade de "reaprender a falar".
Segundo o cardeal Fernández, embora o papa esteja recuperando suas forças e mantendo sua condição física similar à que tinha antes do tratamento intensivo, o uso prolongado do oxigênio de alto fluxo ressecou suas vias aéreas, comprometendo temporariamente sua habilidade de se comunicar com clareza. "Ele está progredindo bem, mas o oxigênio de alto fluxo tem o efeito de ressecar a fala. Agora, o papa precisa reaprender a falar para retornar ao seu estado habitual", afirmou o cardeal durante um evento.
A notícia vem em meio a um período delicado de cuidados para o líder da Igreja, que já foi veiculado anteriormente em áudio uma mensagem na qual sua voz soava trêmula e difícil de entender. Apesar desses desafios, as autoridades vaticanas reafirmaram que o Papa não está em risco de aposentadoria, e sua recuperação está sendo acompanhada de perto pelos médicos.
Além dos cuidados respiratórios, que atualmente dispensam o uso de ventilação mecânica desde a última segunda-feira, o papa segue recebendo oxigênio através de uma pequena mangueira colocada sob o nariz. Essa abordagem tem ajudado a manter a estabilidade da sua condição, com pequenas melhorias observadas na respiração e na mobilidade.
No entanto, não há previsão concreta para a alta médica, e as autoridades enfatizam que a decisão será tomada apenas quando estiverem 100% seguras de que ele pode se dedicar plenamente às suas funções pastorais. Em resposta a especulações sobre a possibilidade de renúncia, o cardeal foi categórico ao afirmar que não acredita que o Papa Francisco se aposentará.
Ao longo dos últimos dois anos, o pontífice enfrentou diversos desafios de saúde, agravados por um histórico de problemas pulmonares que remonta à sua juventude. Apesar das dificuldades, os sinais de recuperação têm sido encorajadores, e a comunidade católica segue aguardando com esperança o retorno do papa às suas atividades habituais.
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