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Taxação/Bolsa

Efeitos da taxação de Trump começam a atingir mercado, empresas e Bolsa nos Estados Unidos

Como as tarifas de Trump estão balançando o mercado

18/03/2025 10h30
Por: Diário da Feira
Fonte: UOL
Imagem: Carl Court/AFP
Imagem: Carl Court/AFP

As medidas de taxação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começam a refletir no mercado financeiro, nas empresas e na Bolsa de Valores, trazendo consequências inesperadas até para os próprios americanos. Nos últimos dias, relatórios apontaram que essas medidas podem impactar a economia interna, com queda nas previsões de lucros de empresas e aumento de preços em produtos básicos.

Desde o anúncio das taxações, o mercado financeiro tem experimentado volatilidade. No dia 10 de março, a Bolsa de Valores dos EUA enfrentou um dos piores dias, com o índice Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia, registrando uma queda de 4%. O S&P 500 também caiu 2,7%, o que não acontecia desde 2022. A situação gerou descontentamento, e o jornal Financial Times afirmou que Wall Street está começando a "perder a paciência" com a política econômica de Trump, que vem gerando instabilidade.

Além disso, os efeitos estão sendo sentidos por empresas de diversos setores. Aengus Kelly, CEO da maior empresa de leasing de aeronaves do mundo, a AerCap, alertou que os preços dos aviões Boeing 787 poderiam aumentar em até US$ 40 milhões, caso as tarifas continuem. Empresas aéreas, como Delta Air Lines e American Airlines, já revisaram suas estimativas de lucro para baixo, devido à incerteza econômica e à retração no consumo e gastos corporativos.

A indústria automobilística também não ficou imune. A BMW, por exemplo, anunciou que absorveria os custos adicionais de importação de carros do México até maio, após as tarifas de 25% impostas por Trump. A montadora afirmou que, caso as medidas não sejam revistas, os preços serão repassados aos consumidores em dois meses.

Até mesmo a Tesla, de Elon Musk, expressou preocupação com as tarifas de Trump. A montadora enviou uma carta ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA, destacando os impactos das taxas no mercado e pedindo atenção para que as políticas comerciais não prejudiquem as empresas norte-americanas.

A reação dos investidores também tem sido significativa. Grandes bancos como Citigroup e HSBC rebaixaram as ações dos EUA de "compra" para "neutra", ao mesmo tempo em que aumentaram suas recomendações para os mercados da China e da Europa.

De acordo com Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o impacto das tarifas tem sido mais amplo do que o esperado, afetando não apenas os países-alvos de Trump, como Brasil, Canadá e México, mas também a economia americana e suas próprias empresas. Ele observa que a "ficha está caindo" entre os investidores, que agora percebem que as taxas não atingem apenas os alvos diretos, mas também outros setores e países.

Os efeitos dessas políticas podem ser sentidos em diversos produtos, como aço e itens de construção, com preços mais altos sendo projetados para itens como pias de cozinha, fogões e peças de maquinário agrícola. Além disso, empresas como a Henkel, fabricante de produtos como os cosméticos Schwarzkopf, também alertaram para os impactos negativos das tarifas, afirmando que as políticas de Trump prejudicam desproporcionalmente o mercado dos EUA.

Em suma, enquanto as tarifas impostas por Trump buscam proteger setores específicos da economia norte-americana, seus efeitos estão reverberando de maneira mais ampla, afetando empresas, consumidores e investidores dentro e fora dos Estados Unidos.

 

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