Israel voltou a realizar ataques aéreos contra a Faixa de Gaza na noite de segunda-feira (17), rompendo com a trégua estabelecida com o Hamas desde janeiro. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo palestino, os bombardeios já resultaram em 413 mortes e deixaram ao menos 660 feridos. O governo israelense afirmou que a operação seguirá de forma contínua.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (18), as Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que continuam atacando alvos ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica, incluindo arsenais de armas, infraestrutura militar e supostas células extremistas. Embora não tenha especificado as regiões atingidas, relatos indicam explosões em várias partes do território palestino.
Além dos ataques aéreos, tanques israelenses foram avistados na fronteira com Gaza, sugerindo uma possível retomada de incursões terrestres na região.
Familiares de reféns israelenses, que ainda estão sob poder do Hamas, realizaram manifestações contrárias à retomada dos bombardeios, exigindo que o governo priorize negociações para a libertação dos sequestrados. Paralelamente, a comunidade internacional acompanha com preocupação o aumento das tensões na região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou a ofensiva afirmando que o Hamas rejeitou todas as propostas de extensão do cessar-fogo e se recusou a libertar reféns. "Israel atuará com força crescente contra o Hamas e seguirá com a ofensiva pelo tempo que for necessário", declarou o governo israelense.
Hospitais na Faixa de Gaza relataram um grande número de vítimas, incluindo mulheres e crianças. De acordo com a Defesa Civil do território, pelo menos 35 ataques aéreos foram registrados na última noite. Entre os mortos, está Mahmoud Abu Watfa, membro do alto escalão de segurança do Hamas.
Diante da nova onda de ataques, Israel emitiu ordens de evacuação para algumas áreas de Gaza, levando moradores a deixarem suas residências em busca de segurança.
O cessar-fogo vigente desde janeiro havia sido estabelecido em três fases, com o objetivo de interromper os confrontos e possibilitar a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. No entanto, a primeira fase do acordo expirou em 1º de março, sem que houvesse consenso para uma extensão.
Israel e Hamas ainda negociam, com mediação do Egito, Catar e Estados Unidos, os termos para uma segunda fase da trégua. Enquanto isso, a entrada de ajuda humanitária no território palestino foi interrompida, agravando a crise humanitária na região.
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