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Dados/Conexão

Pesquisa revela desigualdade de acesso à internet no Brasil

Falta de dados móveis aumenta tempo offline no país

03/09/2025 15h53
Por: Diário da Feira
Fonte: Agência Basil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um levantamento conjunto da Anatel e do Idec revelou a desigualdade no acesso à internet no Brasil, destacando o impacto da falta de dados móveis entre diferentes faixas de renda. O estudo mostra que grande parte da população ainda enfrenta limitações de conectividade, prejudicando acesso a serviços essenciais.

Segundo a pesquisa, 35% das pessoas com renda de até um salário mínimo e 35,6% das que recebem entre 1 e 3 salários mínimos ficaram sete dias ou mais sem internet móvel nos 30 dias anteriores ao levantamento. Entre os mais pobres, 11,6% ficaram mais de 15 dias sem acesso, quase seis vezes mais que os brasileiros com renda superior a 3 salários mínimos (2,2%).

Impacto na vida cotidiana

A falta de dados móveis afetou atividades essenciais: 63,8% não conseguiram usar serviços bancários ou financeiros; 56,5% não acessaram plataformas do governo; 55,2% não puderam estudar; e 52,3% não conseguiram acessar serviços de saúde.

O estudo também apontou disparidade no acesso a dispositivos. Entre pessoas com renda de até um salário mínimo, 51% possuem celulares com valor inferior a R$ 1 mil, enquanto nas faixas de renda mais alta predominam aparelhos mais caros. Quanto a computadores, 47,3% dos entrevistados sem equipamento justificaram a ausência pelo alto custo, evidenciando a persistente desigualdade digital.

Satisfação e habilidades digitais

Apesar das limitações, a maioria dos entrevistados avalia positivamente seus dispositivos e habilidades digitais. As notas médias foram: celular (8,3), habilidades digitais (8,2), infraestrutura de internet fixa e móvel (7,6) e atendimento às necessidades de conexão (7,8). No entanto, a satisfação com as habilidades digitais é menor entre os grupos mais vulneráveis, como pessoas com baixa renda e idosos.

Luã Cruz, coordenador do programa de Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec, ressalta que a pesquisa evidencia a necessidade de ampliar o acesso à internet e promover conectividade significativa como direito fundamental. Cristiana Camarate, conselheira da Anatel, reforça que os resultados ajudam a definir políticas voltadas à inclusão digital.

A pesquisa foi realizada entre agosto de 2023 e junho de 2024, com 593 pessoas, por meio de entrevistas telefônicas (CATI), abrangendo usuários de telefonia móvel e banda larga fixa com idade acima de 18 anos em todo o país.

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