A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou nesta quinta-feira (7) uma mensagem contundente nas redes sociais com críticas diretas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração gerou repercussão imediata e elevou o tom da tensão diplomática entre os dois países.
A postagem da embaixada endossou um comentário do subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, que acusa Moraes de ser o "principal arquiteto da censura e da perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores". Segundo a publicação, suas ações resultaram em sanções aplicadas com base na Lei Magnitsky, durante o governo de Donald Trump.
"Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto", diz o comunicado.
Alexandre de Moraes é relator de diversos inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo investigações sobre tentativa de golpe, disseminação de fake news e ataques às instituições democráticas. A crítica dos norte-americanos ocorre em meio ao acirramento político no Brasil, com julgamento de Bolsonaro em curso e novos desdobramentos judiciais envolvendo o ex-presidente.
A relação entre Trump e Bolsonaro sempre foi próxima, e a reação dos EUA, agora sob influência do ex-presidente republicano — pré-candidato à Casa Branca em 2024 —, indica uma tentativa de pressionar o STF e ampliar o apoio internacional ao ex-mandatário brasileiro.
Como parte da escalada diplomática, o ex-presidente Donald Trump também impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos de exportação do Brasil aos Estados Unidos. A medida entrou em vigor na quarta-feira (6), após ter sido adiada anteriormente. A ação é vista como retaliação direta ao que Trump e seus aliados consideram uma “perseguição política” a Bolsonaro.
Até o momento, o Itamaraty não se manifestou oficialmente sobre as declarações da embaixada norte-americana. O STF também não respondeu aos questionamentos da imprensa sobre o impacto político e institucional da crítica internacional.
A tensão aumenta em um momento delicado para a política brasileira, reacendendo o debate sobre soberania, relações exteriores e o papel do Judiciário.
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