A Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos entrou em contato com o Ministério da Fazenda do Brasil para agendar uma reunião a fim de discutir o recente tarifaço imposto pelo governo Trump sobre parte das exportações brasileiras. A data do encontro ainda não foi definida.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou o contato e destacou que a reunião será uma nova rodada de negociações para expor o ponto de vista brasileiro. “Estamos em um ponto de partida mais favorável do que se imaginava, mas ainda longe do ponto de chegada”, afirmou Haddad.
O tarifaço de 50% não atingiu cerca de 700 produtos brasileiros, o que corresponde a aproximadamente 43% do total exportado para os EUA. No setor mineral, porém, 25% dos produtos foram taxados, causando impactos significativos.
Para amenizar os efeitos negativos, o governo prepara um plano de contingência com medidas de apoio às empresas afetadas. Haddad anunciou que serão lançadas linhas de crédito e outras formas de auxílio para proteger especialmente os setores menores e mais vulneráveis, que podem sofrer impactos severos apesar de sua representatividade reduzida no comércio exterior.
“O impacto é dramático para alguns setores e vamos agir para proteger empregos e indústrias importantes para o Brasil”, explicou o ministro, ressaltando que até mesmo segmentos com maior capacidade de adaptação, como commodities, precisarão de tempo e suporte para se ajustarem às novas tarifas.
Haddad também reforçou que questões políticas internas do Brasil, como a independência do Judiciário e recentes controvérsias envolvendo o Supremo Tribunal Federal, não devem ser tema de negociação com os EUA. “A perseguição a ministros do STF não contribui para a aproximação entre os países”, afirmou.
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