O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), sob liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, informou que o Brasil está empenhado em manter negociações com os Estados Unidos após o anúncio das tarifas de 50% impostas unilateralmente pelo governo americano. A medida, que deve entrar em vigor no dia 1º de agosto, tem causado preocupação, mas o Brasil mantém uma postura de diálogo, sem se deixar influenciar por questões políticas ou ideológicas.
Em nota oficial, o MDIC reafirmou que a soberania nacional e o estado democrático de direito são inegociáveis, porém o governo permanece aberto a debater as questões comerciais que envolvem os dois países, que mantêm uma relação econômica sólida há mais de dois séculos.
O anúncio das tarifas foi feito pelo presidente Donald Trump em julho, alegando motivos políticos e comerciais, com o objetivo de pressionar países a abrirem seus mercados. Apesar de não citar o Brasil diretamente, o país está incluído entre as nações afetadas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está nos Estados Unidos e sinalizou que pode avançar para Washington para discutir alternativas ao tarifaço, caso o governo americano demonstre interesse.
O impacto das tarifas pode ser significativo: segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), cerca de 10 mil empresas brasileiras exportadoras para os EUA, que empregam aproximadamente 3,2 milhões de pessoas, poderão ser afetadas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância de unir esforços entre empresas brasileiras e americanas para resolver a situação, citando companhias como General Motors, Johnson & Johnson e Caterpillar, que possuem operações nos dois países.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a equipe econômica do Brasil está preparando um plano de contingência para apoiar os setores afetados, garantindo que os trabalhadores brasileiros não sejam abandonados diante da crise.
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